O Supremo Tribunal Federal (STF) descriminalizou o porte de maconha para consumo individual, gerando reações divergentes entre os setores da sociedade brasileira.
Embora os ministros ainda não
tenham definido a quantidade máxima permitida para diferenciar o usuário do
traficante, a expectativa é que o limite seja estabelecido em torno de 40
gramas, o suficiente para confeccionar cerca de 30 cigarros. A decisão final
será divulgada nesta quarta-feira.
Comemoração à esquerda
A decisão foi celebrada pela
esquerda, que a considera um passo fundamental na luta contra a criminalização
do usuário e a favor de uma política de drogas mais eficaz. “É um avanço
importante para combater o populismo penal, o hiperencarceramento e o racismo”,
declarou a deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP).
Críticas da direita
Por outro lado, a direita
criticou veementemente a decisão do STF. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
chamou o dia de “triste para o Brasil”, afirmando que a medida “praticamente
libera o tráfico de drogas” e “irá abarrotar o SUS com viciados”.
O senador Hamilton Mourão
(Republicanos-RS) foi além, acusando a Suprema Corte de violar a competência do
Congresso Nacional e praticar “ativismo judicial”. “Hoje é dia de festa no
crime organizado”, declarou em suas redes sociais.
O deputado Nikolas Ferreira
(PL-MG) criticou a interferência do Judiciário em temas como drogas e aborto,
afirmando que “os iluminados do STF estão decidindo tudo nesse país”. Já o
deputado Ricardo Salles (PL-SP) fez uma analogia com países como a Califórnia e
o Canadá, dizendo que o Brasil está se tornando “uma fedentina de maconha
generalizada”.
Gazeta Brasil
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