Imagem de
arquivo mostra o cardeal francês Philippe Barbarin,
arcebispo de Lyon — Foto: Bob Edme/AP Photo
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Philippe
Barbarin, o mais alto dignatário da Igreja católica na França, reconhece ter
cometido erros, mas nega sua culpa.
O julgamento em
segunda instância do cardeal Philippe Barbarin começou nesta quinta-feira (28)
na França, oito meses depois de ter sido condenado por ter
acobertado abusos sexuais, um caso que se tornou símbolo do silêncio da Igreja
frente à pedofilia.
Philippe
Barbarin, o mais alto dignatário da Igreja católica na França, reconhece ter
cometido erros, mas nega sua culpa.
"Qual é a
razão de sua apelação?", questionou no início da audiência o presidente da
corte de Lyon, Eric Seguy.
"Não
consigo entender do que sou culpado e pelo o que me reprovam",
respondeu o arcebispo de 69 anos, condenado em março a 6 meses de prisão com
suspensão de pena por seu silêncio sobre os ataques pedófilos cometidos pelo
padre Bernard Preynat nos anos 1980 e 1990 e sobre os quais ele havia sido
informado por uma vítima em 2014.
Ele garante
que antes de 2014 não sabia nada de concreto das ações de Preynat e que pode
"dar os nomes de cerca de quinze famílias que sabiam e que agora se
arrependem de não terem dito nada".
Sabe-se que em
2010, Barbarin convocou Preynat para interrogá-lo sobre seu passado,
antes de voltar a nomeá-lo para assumir uma paróquia.
Em março,
após a condenação de Barbarin, o papa Francisco recusou sua renúncia, invocando
"a presunção da inocência". Ele continua sendo arcebispo de Lyon à
espera da decisão de seu julgamento em apelação.
Entretanto,
deixou a gestão cotidiana a um administrador apostólico, Michel Dubost, por
sugestão do papa.
Por France Presse
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