Policiais
jogam água para dispersar manifestantes que protestavam
no centro de
Santiago, capital do Chile, na segunda-feira (28)
Foto: Esteban Felix/AP Photo
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Decisão
anunciada pelo presidente Sebástian Piñera não foi suficiente para encerrar
protestos, em que manifestantes pedem apuração sobre mortes. Governo não vai
decretar novo estado de emergência.
Manifestantes voltaram
às ruas do Chile nesta
segunda-feira (28), mesmo após o presidente Sebastián
Piñera anunciar a troca
de oito ministros do governo. Houve confrontos em Santiago e em outras
cidades do país.
Na capital, por
causa dos tumultos, o metrô fechou as portas mais cedo e vai
reabrir às 7h na terça-feira – uma hora mais tarde do que o normal. Alguns
manifestantes voltaram a incendiar estações e a fazer barricadas nas ruas da
cidade.
Também em
Santiago, um incêndio
de grandes proporções atingiu um centro comercial na principal
avenida da cidade a 850 metros do Palácio La Moneda, sede do governo. Não se
sabe, entretanto, se o fogo tem relação com os protestos que ocorrem na capital
chilena.
De acordo com o
jornais chilenos, também houve tumulto em Antofagasta, Concepción, Temuco e
Valparaíso, com confrontos entre manifestantes e forças de segurança.
Segundo o
jornal "La Tercera", um hospital de Valparaíso – cidade portuária que
abriga o Legislativo chileno – recebeu cerca de 25 pessoas feridas no protesto,
a maioria com ferimentos graves nos olhos.
O principal
motivo dos protestos desta segunda-feira – que reuniu menos pessoas do que
outros atos no fim de semana – são as mortes de manifestantes.
Órgãos de imprensa chilenos estimam que ao menos 20 morreram desde
o recrudescimento da crise, há 10 dias. A Organização das Nações Unidas (ONU) vai enviar uma
equipe para averiguar
as denúncias de violação aos direitos humanos.
Apesar dos
tumultos, o governo chileno rejeitou convocar novo estado de emergência.
Piñera decretou
a medida na madrugada de 19 de outubro, no início da crise, mas
ela deixou
de valer a partir desta segunda-feira por decisão do presidente
após um protesto dias antes reunir mais
de 1 milhão de pessoas em Santiago.
Promotor
nega suspeitas sobre estrangeiros
O promotor
responsável pelas investigações sobre os ataques ao metrô de Santiago, Omar
Mérida, negou que estrangeiros estejam entre os suspeitos de vandalismo nas
estações. "Não há antecedentes que nos permitam identificar pessoa nenhuma
neste minuto. E muito menos determinar, com certeza, a nacionalidade",
afirmou.
A declaração
foi dada após reportagem do jornal "La Terceira", atribuindo a fontes
policiais, dizer que venezuelanos e cubanos estariam por trás das manifestações
violentas – o que gerou repercussão na imprensa local.
"A
investigação que eu conduzo não tem registro sobre identidades específicas nem
de nacionalidades específicas", afirmou o promotor.
Por G1
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