Rússia volta a advertir EUA contra interferência na Venezuela e pede diálogo entre Maduro e Guaidó | Rio das Ostras Jornal

Rússia volta a advertir EUA contra interferência na Venezuela e pede diálogo entre Maduro e Guaidó

Nicolás Maduro e Vladimir Putin, presidentes de Venezuela e Rússia,
se encontram em Moscou — Foto: Maxim Shemetov/Reuters

Governo russo disse estar disposto a mediar conversas entre Nicolás Maduro e Juan Guaidó, sem especificar como. Itália também não reconheceu o oposicionista, mas pediu novas eleições.
Rússia disse nesta terça-feira (12) que está pronta para facilitar o início de um diálogo entre o regime de Nicolás Maduro na Venezuela e a oposição liderada por Juan Guaidó. Entretanto, o governo russo advertiu os Estados Unidos contra intervenções em assuntos internos de Caracas.
O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse ao secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, que Washington deve evitar qualquer interferência, incluindo militar, em assuntos internos da Venezuela.
Lavrov também disse que a Rússia está pronta para consultas sobre a situação da Venezuela de acordo com o estatuto da Organização das Nações Unidas (ONU).
A Rússia tem apoiado Nicolás Maduro em meio ao impasse com o líder da oposição, Juan Guaidó, declarado presidente interino da Venezuela em janeiro.
O regime chavista mantém o controle de instituições estatais, incluindo as Forças Armadas, mas a maior parte dos países do Ocidente, incluindo os Estados Unidos, reconhecem Guaidó como presidente da Venezuela.
"Temos mantido contatos muito importantes com o governo deste país e estamos prontos para prover um serviço generoso para facilitar o processo de encontro de saídas para a situação", disse o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, segundo a agência de notícias Tass.
Ryabkov também disse que a Rússia apresentou algumas propostas à Venezuela sobre como solucionar a crise, mas não forneceu detalhes.
Moscou tem investido bilhões de dólares na economia e na produção de petróleo da Venezuela. Além disso, em dezembro, bombardeios russos passaram quase uma semana em território venezuelano, dias depois de um encontro em Maduro e Vladimir Putin na capital da Rússia.
Itália não reconhece Guaidó, mas pede eleições
O governo italiano se pronunciou nesta terça-feira oficialmente a favor das eleições "o mais rápido possível" na Venezuela, mas não reconheceu o opositor Juan Guaidó como presidente interino, em uma moção que gerou reações divergentes.
De acordo com a agência France Presse, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Enzo Moavero, ilustrou reconheceu que a Itália "considera que as eleições presidenciais de maio passado na Venezuela não atribuem legitimidade democrática a quem saiu vencedor, ou seja, Nicolás Maduro" e pediu "eleições presidenciais democráticas o mais rápido possível".
Ele não chegou, porém, a reconhecer Guaidó como o presidente encarregado para dirigir essa nova fase.
Novos protestos
Partidários da oposição liderada por Guaidó voltaram às ruas da Venezuela nesta terça-feira para manter a pressão contra Maduro e exigir que ele permita a entrada de auxílio humanitário no país, onde a escassez de alimentos e medicamentos é generalizada.
Guaidó disse que os mantimentos chegarão ao país até 23 de fevereiro. Parte da ajuda humanitária está bloqueada na fronteira da Colômbia com a Venezuela, onde apoiadores de Maduro fecharam a ponte entre os dois países.
Por Reuters

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