Em imagem de
2013, Nicolás Maduro e o Papa Francisco
se reúnem no Vaticano — Foto: Andreas Solaro/AFP
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Em uma carta ao
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o Papa Francisco criticou o líder por
descumprir acordos e reiterou que se evite um "derramamento de
sangue" na Venezuela. A carta foi enviada em resposta ao pedido de
mediação por parte do líder venezuelano e teve trechos divulgados nesta
quarta-feira (13) pelo jornal italiano "Corriere della Sera".
Maduro escreveu
ao Papa no início do mês, pedindo sua ajuda e mediação para a crise em seu
país.
Em resposta,
Francisco lembrou Maduro das repetidas tentativas solicitadas por Maduro e
realizadas pela Santa Sé nos últimos anos para "encontrar uma saída para a
crise venezuelana" e que, depois dessas tentativas, não foram feitas ações
concretas.
"Infelizmente,
todas foram interrompidas porque o que foi estabelecido nas reuniões não foi
acompanhado por gestos concretos para implementar os acordos", diz o
pontífice na carta, segundo o "Corriere della Sera".
O jornal
publicou uma foto de uma parte da carta na qual é possível ler que ela está
dirigida ao "Excelentíssimo Senhor", e não ao presidente, Nicolás
Maduro Moros, com data de 7 de fevereiro de 2019.
Além disso,
segundo o jornal italiano, o Papa reitera "a necessidade de se evitar
qualquer forma de derramamento de sangue".
O porta-voz
interino do Vaticano, Alessandro Gisotti, não quis comentar, nem desmentir, o
que considerou a publicação "de uma carta privada" do papa em um meio
de comunicação.
No avião de
volta de sua visita aos Emirados Árabes Unidos, o Papa Francisco disse:
"para que haja uma mediação, é preciso vontade de ambas as partes. As
condições iniciais são claras: que as partes a solicitem, sempre estamos
disponíveis".
Por Agência EFE
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