General da reserva, novo ministro da Secretaria-Geral atuou no Haiti e é paraquedista como Bolsonaro | Rio das Ostras Jornal

General da reserva, novo ministro da Secretaria-Geral atuou no Haiti e é paraquedista como Bolsonaro


General Floriano Peixoto Vieira Neto (de óculos escuros), novo
 ministro da Secretaria-Geral, durante missão no Haiti em 2010
 Foto: Sophia Paris/UN Photo
Floriano Peixoto Neto assume cargo no lugar de Gustavo Bebianno em meio à crise que atinge o governo. General é o atual secretário-executivo da pasta e terá gabinete no Planalto.
Anunciado nesta segunda-feira (18) como novo ministro da Secretaria-Geral, o general da reserva do Exército Floriano Peixoto Neto atuou na missão de paz no Haiti e é paraquedista como o presidente Jair Bolsonaro.
Atual secretário-executivo da pasta, Floriano Peixoto Neto assume o cargo no lugar de Gustavo Bebianno em meio à crise que atinge o governo.
Um dos principais coordenadores da campanha de Bolsonaro no ano passado, Bebianno se envolveu em uma crise com o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente.
Além disso, há pouco mais de uma semana, o jornal "Folha de S.Paulo" informou que o PSL, quando Bebianno presidia o partido, repassou R$ 400 mil a uma candidata a deputada federal de Pernambuco. Segundo o jornal, o repasse foi feito quatro dias antes das eleições, e ela recebeu 274 votos.
Bebianno nega irregularidades, afirmando que não foi o responsável por escolher as candidatas que receberam dinheiro do partido. Isso porque, segundo ele, a decisão coube aos diretórios locais.
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O novo ministro
Floriano Peixoto Neto ocupava o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral, o segundo mais importante na hierarquia da pasta.
O novo ministro iniciou a carreira militar em 1973 e concluiu a formação na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 1976, na arma de infantaria.
Paraquedista militar, assim como Bolsonaro, Floriano alcançou o posto de general de divisão (três estrelas), o penúltimo na hierarquia do Exército. Ele passou à reserva em março de 2014.
Floriano participou duas vezes da Missão de Paz das Nações Unidas no Haiti, uma como oficial de operações e outra como o comandante das forças militares no país. Ele liderava a missão quando ocorreu o terremoto no Haiti, em 2010.
Além do Haiti, o ministro teve como experiências internacionais na carreira militar:
  • curso avançado de infantaria do Exército dos EUA;
  • representante do Exército junto à Convenção de Genebra;
  • delegado brasileiro junto à Conferência dos Exércitos Americanos;
  • assessor militar brasileiro junto à Academia Militar de West Point, do Exército dos EUA.
Durante a carreira, Floriano comandou o 62º Batalhão de Infantaria, em Joinville (SC), a 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), em Caçapava (SP), chefiou a 5ª Subchefia do Estado-Maior do Exército e comandou a 2ª Divisão de Exército, em São Paulo.
Floriano também é formado em Administração de Empresas e tem MBA em Gerência Executiva.
Além da formação militar, com experiências na Suíça e nos Estados Unidos, Floriano é formado em Administração de Empresas e tem MBA em Gerência Executiva.
Com a escolha do militar, o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, será o único civil com cargo de ministro no Palácio do Planalto. Os demais ministros que despacham do Palácio (Santos Cruz na Secretaria de Governo e Augusto Heleno no GSI) também são generais da reserva do Exército.
Secretaria-Geral
Nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, a Secretaria-Geral era o órgão responsável pela interlocução entre o governo federal e os movimentos sociais. O gabinete do ministério fica no Palácio do Planalto.
Extinta em 2015, e depois recriada no governo Michel Temer, a pasta passou a ser responsável, principalmente, pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) e pelo Programa de Parcerias para Investimentos (PPI).
No governo Bolsonaro, a Secretaria-Geral foi esvaziada ao perder o controle sobre a Secom e sobre o PPI. As duas áreas foram absorvidas pela Secretaria de Governo, comandada por Carlos Alberto dos Santos Cruz, general da reserva do Exército.
Hoje, a Secretaria-Geral comanda as secretarias de Assuntos Estratégicos, de Controle Interno, de Administração e de Modernização do Estado.
Por Guilherme Mazui e Gustavo Garcia, G1 — Brasília

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