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O brasileiro
ex-presidente do conselho da Nissan Carlos Ghosn terá, segundo informou
imprensa japonesa, sua detenção aumentada, após promotores acusarem formalmente
o executivo ao processo de violações à lei de instrumentos financeiros. Ele
está preso desde 19 de novembro.
Além disso, a
Securities and Exchange Commission (SEC) disse que apresentou queixas criminais
contra Ghosn e outro executivo da Nissan, Greg Kelly. Um oficial da comissão
falou, na segunda-feira, que a Nissan, Ghosn e Kelly são suspeitos por
falsificações de milhões de dólares em rendas de Ghosn. No Japão, uma empresa
pode ser processada por irregularidades.
Os promotores
afirmam que Ghosn é suspeito por sonegar sua renda em 5 bilhões de ienes, cerca
de 44 milhões de dólares, por cinco anos. As alegações reportadas nesta segunda
poderiam aumentar o montante em 4 bilhões de ienes (cerca de 36 milhões de
dólares ou R$ 173 milhões).
Esta atitude
por parte dos promotores era esperada porque o período de detenção permitido
pelas alegações feitas anteriormente terminava nesta segunda. Kelly, de 62
anos, é suspeito de ter colaborado com Ghosn. O advogado de Kelly nos Estados
Unidos diz que seu cliente é inocente. Ghosn, de 64 anos, não comentou. Ambos
perderam seus respectivos cargos na Nissan após suas prisões.
Ghosn foi
enviado para a Nissan pela parceira da empresa Renault SA, da França, em 1999.
Ele liderou uma reviravolta dramática da montadora japonesa, que estava quase
falida. Mas o contracheque de Ghosn chamou atenção de executivos pelo alto
valor já que executivos no Japão costumam receber bem menos que suas
contrapartes internacionais.
Apenas os
advogados de Ghosn e oficiais das embaixadas do Líbano, França e Brasil, País
de origem, foram permitidos a realizar visitas. / AP
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