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ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está
preso em Curitiba desde o dia 7 de abril
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O ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Edson
Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte, liberou para julgamento
na Segunda Turma do STF o pedido de liberdade feito pela defesa do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Fachin sugeriu que o colegiado analise o habeas corpus de Lula já
na próxima sessão, no próximo dia 4 de dezembro, terça-feira da semana que vem.
Caberá ao presidente da Turma, ministro Ricardo Lewandowski, determinar quando
a questão será decidida.
Na ação, os
advogados do petista pedem que o Supremo reconheça a “perda de imparcialidade”
do ex-juiz federal Sergio Moro por ele ter aceitado ser ministro da Justiça e
Segurança Pública do governo do presidente da República eleito, Jair Bolsonaro
(PSL). Assim, pedem a anulação de todos os atos de Moro no caso do tríplex
do Guarujá, que levou Lula à cadeia, e em outras ações penais que miram o
petista.
O ex-presidente
está preso em Curitiba desde o dia 7 de abril para cumprir a pena de doze anos
e um mês de prisão a que foi condenado em segunda instância pelo Tribunal
Regional Federal da 4ª Região (TRF4) no processo referente ao imóvel no litoral
paulista. Ele foi considerado culpado pelos crimes de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro por ter recebido 3,7 milhões de reais em propina da OAS por
meio da reserva do tríplex e da reforma na unidade.
Conforme os
defensores de Lula alegam ao STF, Moro agiu “movido por interesses pessoais e
estranhos à atividade jurisdicional, revelando, ainda, inimizade pessoal” com o
petista na ação. “Lula está sendo vítima de verdadeira caçada judicial
entabulada por um agente togado que se utilizou indevidamente de expedientes
jurídicos para perseguir politicamente um cidadão”, afirma a defesa.
Desde setembro
de 2018, a Segunda Turma do STF tem uma composição considerada mais dura em
questões criminais, como a do ex-presidente. O colegiado, que vinha impondo
derrotas a Fachin ao determinar a soltura de presos pela Lava Jato, teve a
troca de Dias Toffoli, que tomou posse na presidência do Supremo, pela ministra
Cármen Lúcia, antecessora dele no posto. O presidente do STF não integra
nenhuma das turmas.
Em relação à
possibilidade de prisões após condenação em segunda instância, um dos temas
mais polêmicos da Lava Jato e determinante para a detenção de Lula, por
exemplo, Toffoli e Cármen divergem – ele é contrário e ela, favorável.
Além de Edson
Fachin, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia, a Segunda Turma tem como membros os
ministros Celso de Mello, decano da Corte, e Gilmar Mendes.
João Pedroso
de Campos
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