
O pré-candidato
do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, confirmou na noite desta quinta-feira, 2, que a
senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) será sua vice. O tucano ressaltou que a
pepista gaúcha abriu mão de disputar a reeleição ao Senado pelo Rio Grande do
Sul para ser sua companheira de chapa e a classificou como “vice dos sonhos”.
“A senadora
gaúcha Ana Amélia aceitou e, num gesto importante, abriu mão de disputar a sua
reeleição para vir conosco nessa caminhada”, disse Alckmin, durante sabatina no
canal Globonews.
“Está decidido,
os cinco partidos do centro democrático delegaram a nós a escolha, foi muito
boa, estamos extremamente otimistas”, continuou, em referência a PP, PRB, PR,
DEM e Solidariedade, que compõem o chamado Centrão, ou “blocão”, e apoiam sua
candidatura.
Ele destacou a
“presença da mulher” em sua chapa e que os partidos aliados lhe deram
“liberdade” para escolher sua vice. “Não poderia ter uma pessoa mais respeitada
e querida por todos os partidos que a senadora Ana Amélia”, declarou o
ex-governador de São Paulo.
Antes de a
senadora do PP aceitar a indicação do Centrão e o convite de Alckmin para ser
candidata a vice-presidente, a vaga na chapa do presidenciável tucano havia
sido rejeitada pelo empresário Josué Gomes da Silva, filho do
ex-vice-presidente José Alencar e filiado ao PR.
Com Ana Amélia
na vice, Geraldo Alckmin terá um trunfo para recuperar espaço nos estados do
Sul do país. Conforme pesquisas de intenção de voto, o senador Alvaro Dias, do
Podemos do Paraná, lidera as pesquisas de intenção de voto na região, em cujos
estados os candidatos tucanos ao Palácio do Planalto vem sendo os mais votados
desde 2006.
Ao aceitar
integrar a chapa de Alckmin, a senadora terá que resolver um conflito regional.
O pré-candidato do PP ao governo do Rio Grande do Sul, deputado federal Luiz
Carlos Heinze, declarou em julho apoio à candidatura de Jair Bolsonaro ao
Palácio do Planalto. Por outro lado, o PSDB tem como candidato ao Palácio
Piratini, sede do Executivo gaúcho, o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite.
Questionado
pelos jornalistas sobre a aliança com partidos cujas lideranças estiveram e
estão envolvidas em esquemas de corrupção, inclusive condenados pela Justiça
que foram presos, como os ex-deputados federais Valdemar Costa Neto (PR) e
Roberto Jefferson (PTB), Geraldo Alckmin respondeu que as alianças são
necessárias às reformas que pretende enviar ao Congresso nos seis primeiros
meses de governo, como a política, a tributária e a previdenciária.
Ele ainda
rebateu críticas feitas por outros candidatos, como Marina Silva (Rede) e Ciro
Gomes (PDT), sobre suas alianças. “Vários disputaram o apoio, nós conseguimos”,
declarou. “Queremos ter maioria para trabalhar, não vamos fazer uma reforma se
não tiver consenso”, completou o ex-governador de São Paulo.
Alckmin também
declarou que “não existe partido no Brasil” e disse entender que “o eleitor vai
votar nas pessoas, não tem um partido que não esteja fragilizado”.
João Pedroso
de Campos
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