Croqui da
proposta de construção de novo prédio anexo
da Câmara dos Deputados (Foto: Reprodução)
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Novo presidente afirma que rejeita
'parlashopping' ou anexo para gabinetes.
O novo presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira (14) à GloboNews que é
contrário a reformas ou construção de novos prédios para receber lojas ou mesmo
gabinetes de parlamentares.
No mês passado, a Câmara deu
início à sondagem de subsolo para viabilizar o projeto da construção de mais um
anexo, destinado a abrigar gabinetes de deputados e vagas de estacionamento. O
custo estimado da obra é de R$ 320 milhões. Devido à repercussão negativa, essa
proposta substituiu a do apelidado "parlashopping", conjunto de
edifícios orçado em R$ 1 bilhão que abrigaria lojas e restaurantes.
A renúncia de Cunha
Conduzida pelo
primeiro-secretário, deputado Beto Mansur (PRB-SP), a construção do novo prédio
foi aprovada no ano passado e era uma das bandeiras de campanha do
ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou na semana
passada.
"Sou contra, a princípio, sou
contra esse tipo de despesa com dinheiro público", afirmou Rodrigo Maia.
Na proposta original, a Câmara
pretendia fazer uma parceria público-privada, em que uma empresa faria a obra e
depois teria direito a explorar serviços no local. No entanto, a iniciativa não
avançou em razão das críticas e porque, devido à crise econômica, não houve
procura por empresas interessadas.
A direção da Câmara, então,
simplificou o projeto para que pudesse ser bancado com recursos próprios. O
dinheiro previsto para erguer o prédio está em caixa e é resultado da venda da
folha de pagamento dos servidores da Câmara, em 2007, para o Banco do Brasil e
para a Caixa.
Pela proposta, o Anexo 4-B – nome
dado ao novo edifício – terá três andares acima do solo, que abrigarão salas de
reunião, gabinetes, um restaurante e uma lanchonete. Haverá ainda um pavimento
inferior com auditórios e mais gabinetes.
Os cinco primeiros subsolos seriam
destinados a quase 2 mil vagas de estacionamento. Um sexto subsolo abrigaria
reservatórios de água.
A intenção seria transferir para o
novo prédio os gabinetes parlamentares que atualmente estão instalados no Anexo
3. Os deputados que despacham nesse anexo costumam reclamar de falta de espaço.
No mês passado, Beto Mansur
afirmou que a expectativa era lançar o edital para licitação da obra ainda neste
ano. Após a contratação da empreiteira, a previsão de duração da obra era de
quatro anos.
Da GloboNews, em Brasília
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