Lúcio Funaro
em depoimento à CPI dos Correios, em 2006
(Foto: Dida
Sampaio/Estadão Conteúdo)
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Ação desta manhã faz parte da Lava Jato na Procuradoria-Geral da
República. Policiais foram às ruas em três estados e no DF.
A Polícia Federal deflagrou uma
operação na manhã desta sexta-feira (1º) como parte da Lava Jato. Um dos alvos
é o doleiro Lucio Funaro, que foi preso
em São Paulo. Ele é ligado ao presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha,
segundo delatores da Lava Jato. Além disso, há mandados de busca e apreensão
nas empresas do grupo JBS Friboi. Os mandados desta etapa da operação foram
autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki,
relator da Lava Jato na corte.
Também é alvo da operação o
lobista Milton Lira. A polícia fez busca e apreensão na casa dele, em Brasília.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, o nome de Lira apareceu em um
documento, escrito a mão, encontrado na casa de Diogo Ferreira, ex-chefe de
gabinete do ex-senador Delcídio do Amaral. Segundo a PGR, no documento havia
indicação de que Lira atuou pelo banco BTG junto a deputados peemedebistas,
entre eles Cunha, para que favorecessem a empresa.
A polícia também fez buscas e
apreensões na casa do empresário Joesley Batista, da Friboi.
A ação desta manhã se baseia nas
informações da delação premiada de Fábio Cleto, ex-vice-presidente de Fundos de
Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal. Cleto também é aliado de Cunha.
Outra delação que baseou as ações desta sexta é a de Nelson Mello, da
Hypermarcas.
Às autoridades, Cleto relatou que
o presidente afastado da Câmara recebeu propina por negócios feitos pelo Fundo
de Investimentos do FGTS (FI-FGTS).
O G1 tenta contato com a defesa de
Lucio Bolonha Funaro.
Em Pernambuco foram cumpridos três
mandados de busca e apreensão. Um deles tem como alvo a empresa Cone, em Cabo
de Santo Agostinho, na Grande Recife. Os outros dois são cumpridos em
apartamentos de luxo na Praia de Boa Viagem, na capital.
Grupo JBS
Em outra delação, a do
ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o executivo disse ter ouvido de
vários senadores que o grupo JBS faria uma doação de R$ 40 milhões para
abastecer as campanhas de candidatos do PMDB ao Senado.
O G1 contatou a assessoria de
imprensa da JBS às 7h30h e aguarda o posicionamento da empresa.
Doleiro
Em um inquérito aberto no Supremo
Tribunal Federal (STF) para investigar Cunha, o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, afirma que aliados do presidente da Câmara afastado apresentaram
mais de 30 requerimentos de convocação, solicitação de documentos e pedidos de
auditorias em diversas comissões da Câmara, inclusive na CPI da Petrobras, para
pressionar o grupo empresarial Schahin e beneficiar o doleiro Lucio Funaro.
O grupo Schahin foi contratado
pela empresa Cebel, Centrais Eletricas Belém, para fazer a obra da
hidrelétrica. Houve um acidente: uma barragem se rompeu, provocando uma disputa
judicial.
Lucio Funaro, representando a
Cebel, cobrou o prejuízo da Schahin no valor de R$ 1 bilhão. E, para conseguir
o pagamento, teria contado com ajuda do presidente da Câmara para pressionar a
Schahin. Funaro, segundo a investigação, pagou para Eduardo Cunha, por meio de
três empresas, dois carros, no total de R$ 180 mil, em 2012.
Do G1, em Brasília
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