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Caminhões pipa faturam alto diante da falta d água
Em meio a crise no sistema de distribuição d'água que atinge a diversos bairros de Macaé, um serviço que, até então, era solicitado apenas por empresas de grande porte começa a se expandir diante da necessidade que obriga a diversas famílias a pagarem cerca de 10 vezes mais para conseguir o líquido que virou artigo raro no município, o fornecimento através de caminhões pipas. 
Estima-se que cerca de 50 caminhões equipados com tanques capazes de transportar em uma só viagem 96 mil litros d'água estejam em circulação atualmente em Macaé.  Atraídos pelas oportunidades oferecidas pelas empresas que atuam no segmento Onshore de exploração de petróleo na Bacia de Campos, os proprietários desses veículos faturam alto hoje com o abastecimento de caixas d'água, cisternas e reservatórios de residências que, apesar de terem ligação com o serviço de abastecimento da Cedae, sofrem com a falta do líquido essencial para a sobrevivência humana.  Diante da oferta, os proprietários de caminhões pipa chegaram a dividir a cidade em setores, para garantir o atendimento a todas as solicitações. Porém, na medida em que a água fica cada vez mais escassa nas torneiras de casas situadas em bairros como Riviera, Glória, Verdes Mares e São Marcos, os veículos acabam não dando conta de atender a todos os pedidos. Para se ter uma idéia, ainda na manhã de ontem, Gilberto Magalhães, proprietário de uma caminhão pipa, jã não tinha mais horário para atender a solicitações de novos clientes. “O nosso trabalho aumentou muito nos últimos dois meses. Antes, a maioria das solicitações viam de empresas de grande porte. Hoje, atendemos mais a moradores de bairros que estão sem água. A procura é tanta que logo de manhã eu já tenho agendado entrega de água para o dia inteiro”, explicou. Atuando na região do Bairro da Glória e do São Marcos, Gilberto explicou que atende apenas solicitações de fornecimento mínimo de cinco mil litros d'água. Devido a procura, ele afirmou que chega a encher, por dia, oito vezes o tanque do caminhão que tem capacidade para armazenar 96 mil litros por viagem. “Das oito vezes que eu encho o tanque do caminhão, seis são para atender apenas as solicitações de moradores. O meu atendimento mínimo é de cinco mil litros, mas, algumas vezes, chego a vender o tanque cheio do caminhão”, disse Gilberto. O faturamento expressivo dos proprietários de caminhões pipa pode ser comprovado também pelo prejuízo registrados pelas pessoas que chegam a sofrer há quase um mês com a falta d'água. Para conseguir realizar hábitos comuns do dia-a-dia como limpar a casa, cozinhar e tomar banho, famílias são obrigadas a desembolsar cerca de R$ 200, no mínimo, para conseguir encher as caixas d'águas e cisternas, relativa ao consumo durante um mês. No entanto, há pessoas que chegam a gastar mais de R$ 600, como os moradores do condomínio residencial Recanto da Lagoa, próximo ao São Marcos, que ficaram 20 dias sem o abastecimento d'água. Já os moradores do loteamento Verdes Mares, construído em uma área próxima a margem da Linha Azul, afirmam ter pedido as contas de quanto já gastaram para conseguir água, já que o local, mesmo possuindo toda a tubulação da rede de fornecimento d'água, ainda não foram beneficiados pelo serviço. Além do prejuízo financeiro, quem é obrigado a solicitar o serviço dos caminhões-pipa ficam apreensivos em relação a procedência da água transportada pelos veículos. Embora a maioria utiliza a “bica” implantada na estação da Cedae situada na comunidade da Virgem Santa, alguns veículos acabam abastecendo seus tanques com água captada diretamente de córregos e rios da região, sem qualquer tipo de tratamento. “Eu realmente tenho medo de consumir essa água, por não saber de onde ela vem, mas, fazer o quê? Já que eu não tenho água tratada na minha torneira, sou obrigada a me contentar com isso, mesmo que tenha que pagar cerca de 10 vezes mais por isso”, afirmou a dona-de-casa Elisa de Souza, 47 anos.
Ypiranga Futebol Clube: do glamour à decadência
Não se pode negar que, mesmo com dificuldades financeiras que resultaram na decadência de um dos prédios mais antigos de Macaé, o Ypiranga Futebol Clube continua sendo um dos principais patrimônios históricos e culturais do município.  
Mas, antes de ser reconhecido por seus bailes e pelas conquistas em esportes como futebol de salão, basquete e vôlei, o prédio situado na Avenida Presidente Sodré abrigou o Clube do Abaetés fundado pelo fazendeiro Manequinho Paes. Segundo historiadores e moradores antigos da cidade, o Abaetés foi fundado pelo fazendeiro depois de um desentendimento com a direção do Tênis Clube, do qual era sócio. A história conta também que a idéia de Manequinho era criar em Macaé um moderno cassino de jogos e roletas, mas em 1945 o general Eurico Dutra, então presidente do país, baixou um decreto proibindo jogos de azar, e este decreto dura ainda até hoje.  Diante do impedimento do governo, o Abaetés tornou-se um clube onde eram realizados suntuosos bailes de formatura, frequentado pela alta sociedade macaense.  No entanto, com o passar do tempo, a manutenção do Clube acabou sendo inviável e o prédio foi vendido para Lacerda Agostinho que, em 1926, fundou o Ypiranga Futebol Clube. Em pouco tempo o salão principal tornou-se o espaço dos principais bailes realizados em Macaé, já a quadra construída nos fundos da propriedade tornou-se o berço do futebol de salão na cidade, marcando assim o início do período e glória de sucesso do time que tinha como rivais o Fluminense e o Americano, de Campos dos Goytacazes. Com o passar do tempo, a quadra recebeu uma proteção e virou berço também de times vitoriosos de basquete e de vôlei. O espaço serviu de palco também para apresentação de grandes nomes da Música Popular Brasileira (MPB) como Ivan Lins e Roberto Carlos, além de concursos para escolhas de Miss Macaé Anos depois, o Ypiranga recebeu a rádio ZYP-21- Rádio Princesa do Atlântico, que tinha auditório e realizava programas de calouros comandados nos finais de semana pelo apresentador Carlos Couto. Na área, eram realizados também bailes de carnaval, por volta da década de 80. Com a descoberta do petróleo e o início das atividades da exploração na Bacia de Campos, a cidade se modernizou e teve seu eixo de atividades sociais deslocado para a região praiana, sobretudo a Praia dos Cavaleiros.  Mesmo assim, alguns dos sócios proprietários de títulos do Ypiranga continuaram a frequentar, pelo menos, a quadra poliesportiva para praticar futebol de salão. Já o salão, que no passado foi palco para o início de relacionamentos que duram até hoje, acabou se transformando em espaço para bailes de músicas modernas como funk e forró. Nesse período, a beleza de um dos prédios mais importantes de Macaé acabou sendo substituída por paredes descascadas, rachadas e com infiltrações. Mesmo com as pequenas reformas estruturais, realizadas pelas últimas diretorias do Clube, os salões do Ypiranga perderam o glamour. Hoje, o prédio da Avenida Presidente Sodré, tornou-se um verdadeiro “elefante branco” ao lado da imponência da Câmara de Vereadores, recentemente reformada.  Apesar do prédio do Ypiranga ser hoje estranho aos olhos da atual juventude de Macaé, a sede do Clube, que não deverá receber um projeto de restauração, já que a direção não possui condições financeiras para arcar com as despesas, e a Prefeitura já ter apresentado proposta em construir no local a sede de duas secretarias, ainda continuará sendo vista com saudosismo e orgulho por quem teve o privilégio de dançar no salão principal ou marcar um gol na quadra poliesportiva. “Eu frequentava os bailes no Clube Ypiranga. Bons tempos aqueles. É mesmo uma pena ver um prédio tão bonito com uma história riquíssima se acabar assim com o tempo. Eu realmente esperava que ele fosse preservado como patrimônio histórico do município”, contou o aposentado Amaro dos Santos Ribeiro, 65 anos. Devido a ação do tempo e a falta de manutenção, o prédio do Clube Ypiranga apresenta problemas em sua estrutura
Fundação Getúlio Vargas inicia novos cursos em Macaé
Cumprindo um dos seus objetivos de contribuir para o desenvolvimento dos municípios e região, a Fundação Getúlio Vargas confirma o  MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria em Macaé, cujo início será no dia 25 de março. As aulas acontecerão às quartas e quintas-feiras, quinzenalmente, nas dependências da FELR/FAFIMA, sua conveniada na cidade.  
Atualmente, para disputar e sobreviver num mercado extremamente competitivo, as empresas necessitam ter profissionais cada vez mais preparados e com conhecimentos para atuar de forma mais eficiente possível. Cabe ao profissional moderno identificar a necessidade de seu auto-desenvolvimento, para buscar resultados e  sustentabilidade para a sua empresa, bem como entender que dentro de um cenário de constantes mudanças e de crise, a estratégia é investir em estudos para  garantir a sua empregabilidade, tanto na manutenção e crescimento em seus empregos como na prospecção de novas oportunidades de trabalho.  Ao decidir pelo  investimento  na sua carreira, o profissional deve procurar um curso que o habilite a um desenvolvimento de aprendizagem contínua. O simples fato de concluir qualquer modalidade de curso não dá ao profissional uma "garantia eterna de capacitação". As mudanças que o mundo vive em todos os aspectos e segmentos exigem profissionais em constante estudo e troca de conhecimento. Este é o verdadeiro propósito dos MBA`s que a Fundação Getúlio Vargas traz para o mercado, através de professores - que além da formação acadêmica - atuam no mercado, entendem e promovem a disseminação do conhecimento entre os alunos, estimulando-os a compartilhar seus conhecimentos entre os participantes da turma. Em Macaé, a Fafima foi a pioneira na introdução de MBA`s, firmando em março de 1998 um convênio com a Fundação Getúlio Vargas. Com uma grande carteira de alunos e ex-alunos, a FGV/FAFIMA faz parte desse ambiente de grande desenvolvimento, atendendo a demanda das empresas quanto à necessidade de desenvolvimento de profissionais que atual em Macaé e na região. No dia 2 de abril, inicia-se a 11ª. turma do MBA em Gestão Empresarial da FGV em Macaé. Outros cursos estão com as matrículas abertas, com previsão de início em abril e maio, entre os quais MBA em Gestão de Pessoas e a 9ª. turma do MBA em Gerenciamento de Projetos. O interessado que desejar informações deve entrar em contato através do e-mail fgvmacae@fafima.br ou pelo telefone 22-2762-0775.
Faltam funcionários nas creches do município
O ano letivo já começou e alguns pais ainda enfrentam dificuldades com os filhos nas creches do município. Segundo eles, as crianças estão sendo dispensadas às 11h, não permanecendo mais nas creches até às 17 horas. 
A culpa, segundo uns, é da superlotação. Para outros, o problema é a falta de funcionários para cuidar das crianças. Atualmente, Macaé conta com 42 mil alunos matriculados na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. A diarista Maria José é mãe de uma criança de dois anos, que frequenta a Creche Escola Municipal Miramar. Ela se surpreendeu quando informaram que o horário de saída era às 11h: “Me informaram que estão sem funcionário para a parte da tarde, por isso as crianças estão saindo cedo”, contou. Para muitas mães que trabalham o dia inteiro, o horário integral é o ideal, caso de Maria José: “No meu trabalho, tem dias em que saio às 14h, outros em saio às 17h. Quando não saio cedo, preciso pedir a alguém pra buscar o meu filho quando não posso e ficar com ele até eu voltar”, comenta.
Segundo a Secretária de Educação, Marilena Garcia, o problema da falta de funcionários será resolvido a curto prazo: “Estamos convocando estagiários, cerca de 134, que atuarão nestes cargos e contratando professores, visto que o concurso público para a Educação será realizado em novembro”, explicou. A secretária acredita que até o final deste mês de março os ajustes já tenham sido feitos. Marilena Garcia lembra que algumas creches passam por um processo de deterioração, agravado pelas chuvas que atingiram a cidade no mês passado. Uma delas é a creche localizada em Imboassica, que já passa por obras emergenciais desde a sexta-feira antes do carnaval, não parando no período da festa. Além da chuva, há o fato de que muitas creches funcionam em casa alugadas: “Casa não é escola, assim como escola não é casa”, afirma a secretária. Das 23 creches que o município possui atualmente, apenas sete são prédios públicos, construídos pelo antigo MAI - Movimento Assistencial de Integração - junto a prefeitura há mais de 20 anos atrás: “As outras 16 são casas que foram sendo alugadas”, diz Marilena. Este ano, a secretária de Educação comemora o fato de que há 3.987 novos alunos na rede municipal, incluindo os da Educação Infantil, que foram alojados sem que se precisasse alugar uma casa, já que a Prefeitura de Macaé encerrou os contratos de aluguéis de residências que eram usadas como escolas. Atualmente, o município conta com creches nos bairros Imboassica, Novo Cavaleiros, Praia Campista, Cavaleiros, Visconde de Araújo, Miramar, Aroeira, Botafogo, Barra de Macaé, Nova Holanda, Ajuda, Parque Aeroporto, São José do Barreto e Lagomar, além dos distritos de Córrego do Ouro, Óleo e Sana. Além destas, está prevista a construção de mais três creches, que funcionarão 24 horas, para atender as mães que trabalham no período da noite. De acordo com Marilena Garcia, as creches estão dentro do projeto Educação Infantil, que atende crianças de zero a seis anos. Para a creche, a idade máxima é de quatro anos. A partir daí, o aluno passa a integrar as turmas de Pré I, II e III.
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