O ex-presidente da República e ex-senador Fernando Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió (AL), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão ocorreu após o esgotamento de todos os recursos no processo em que Collor foi condenado, de forma definitiva, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.

Segundo a defesa, Collor foi
detido por volta das 4h da manhã, no momento em que se dirigia a Brasília para
“cumprir espontaneamente a decisão” do STF. Ele está sob custódia na
Superintendência da Polícia Federal da capital alagoana.
A condenação está ligada a
contratos irregulares firmados entre a BR Distribuidora — subsidiária da
Petrobras — e a UTC Engenharia. As investigações apontam que Collor recebeu
cerca de R$ 20 milhões entre 2010 e 2014, quando ocupava o cargo de senador,
para favorecer interesses empresariais na estatal, por meio de indicações
políticas.
Além de Collor, outros dois réus
no mesmo processo também tiveram penas definidas. Pedro Paulo Bergamaschi de
Leoni Ramos foi condenado a quatro anos e um mês em regime semiaberto, enquanto
Luís Pereira Duarte de Amorim cumprirá penas restritivas de direitos.
No STF, a defesa tentou anular
parte da sentença, pedindo que prevalecessem os votos vencidos dos ministros
André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, que propunham pena
menor. Moraes, no entanto, rejeitou o recurso, classificando-o como
protelatório e autorizando o imediato cumprimento da pena.
“O recurso não atende aos requisitos
legais e visa apenas atrasar o trânsito em julgado da condenação”, afirmou o
ministro.
Collor, hoje com 75 anos, não tem
direito a benefícios por idade segundo a legislação atual. Ele foi o primeiro
presidente eleito por voto direto após o regime militar e renunciou ao cargo em
1992, em meio a um processo de impeachment. Depois, voltou à política como
senador por Alagoas entre 2007 e 2022, e disputou o governo do estado em 2022,
sem sucesso.
A defesa do ex-presidente classificou
a prisão como “injusta” e afirmou que irá recorrer a instâncias internacionais
para tentar reverter a decisão.
Gazeta Brasil
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