Editorial: Aposentados os eternos pagadores do pato | Rio das Ostras Jornal

Editorial: Aposentados os eternos pagadores do pato

Por Angel Morote

Mais uma vez, nós aposentados e pensionistas pagamos o pato pela corrupção desenfreada que tomou conta do Brasil. Somos vítimas de um sistema que, sob a promessa de justiça social, nos entrega miséria, abandono e agora também roubo.

Na última quarta-feira (23), a Polícia Federal deflagrou uma operação conjunta para desarticular uma rede criminosa especializada em fraudes contra benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O escândalo envolve cerca de R$ 6,3 bilhões desviados por meio de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Foram apreendidos carros de luxo, dinheiro em espécie, joias e até obras de arte. Uma afronta cruel contra quem já contribuiu uma vida inteira e hoje deveria ter tranquilidade e dignidade.

Esses criminosos agiram livremente, aproveitando-se da falta de fiscalização e da conivência de setores que deveriam justamente nos proteger. Pior: agora falam que seremos “ressarcidos” com dinheiro público. Mas que ressarcimento é esse, senão mais uma vez o próprio povo pagando a conta do crime? É como ser assaltado e ainda financiar o resgate do que foi roubado. Uma piada de mau gosto com quem vive com um salário limitado e vê seus direitos sendo corroídos dia após dia.

Fomos enganados por um governo que se diz defensor dos pobres, das minorias e da justiça social. Mas o que vemos é uma “reforma econômica” que penalizou aposentados, idosos, pessoas com deficiência — enquanto os poderosos continuam com seus privilégios intocados. Este é o jeito que encontraram de acabar com a desigualdade: empobrecer todos nós, nivelando por baixo, enquanto eles seguem com luxo, regalias e o mais absoluto desprezo pelo povo.

A desigualdade no Brasil parece que só vai acabar quando todos nós estivermos igualmente pobres e pedintes. E talvez seja esse o projeto real do governo petista e seus aliados: transformar o país inteiro em um curral de dependentes, submissos à esmola estatal e à propaganda ideológica.

Vivemos tempos onde a justiça prende inocentes, solta criminosos, persegue quem trabalha e premia quem rouba. Parlamentares se tornam cúmplices, calados ou comprados, e o cidadão de bem se vê sem representação, sem esperança e sem futuro.

Neste cenário, acreditar em "Papai Noel" ou esperar pelo "Chapolin Colorado" parece mais razoável do que esperar por justiça ou bom senso vindos de Brasília.


Brasil, ame-o ou deixe-o!

Vamos que vamos!

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