Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, se reuniu com diretor do BC horas antes de ser preso | Rio das Ostras Jornal

Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, se reuniu com diretor do BC horas antes de ser preso


O banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, e o diretor de fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino, serão ouvidos pela Polícia Federal (PF) na tarde desta terça-feira (30), no âmbito de um inquérito que investiga um suposto esquema de fraude bilionária envolvendo o banco. A informação foi antecipada pela coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo.

Vorcaro e Aquino participaram de uma reunião virtual no mesmo dia em que o banqueiro foi preso, em 17 de novembro, ao passar pelo raio-x do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A defesa de Vorcaro utilizou o encontro como prova de que o BC tinha ciência de sua viagem, argumentando que não houve tentativa de fuga. A reunião contou também com outro diretor da autarquia, mas não foi gravada.

Durante o encontro, Vorcaro teria informado sobre tentativas de solucionar problemas de liquidez do Master por meio de operações de mercado, incluindo uma venda já encaminhada para investidores estrangeiros. Aquino será ouvido como testemunha, enquanto Vorcaro e o ex-presidente do Banco Regional de Brasília (BRB), Paulo Costa, prestam depoimento como investigados. Caso sejam identificadas inconsistências nos relatos, poderá ser determinada uma acareação no Supremo Tribunal Federal (STF).

O inquérito, que corre sob sigilo por ordem do ministro Dias Toffoli, apura um suposto esquema de emissão e venda de títulos de crédito do Banco Master sem lastro, com prejuízos estimados em até R$ 12,2 bilhões para o BRB, banco público. A investigação ainda está em fase inicial, mas a defesa de Vorcaro tenta comprometer a credibilidade do BC para anular a investigação e reverter a liquidação do banco.

Segundo o jornal O Globo, medidas mais drásticas pelo BC teriam sido consideradas após o anúncio de que o BRB compraria 58% do Master, mantendo Vorcaro na presidência. Na ocasião, o banco deixou de realizar depósitos compulsórios e passou a solicitar abertura de linhas de crédito, apontando possíveis problemas de caixa. Advogados do BC alertaram para o risco de “armadilhas processuais” na acareação, mas Toffoli manteve o procedimento.

Gazeta Brasil

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