Membros das Forças Armadas Bolivarianas participam de um exercício militar no Forte Tiuna, em Caracas, em 20 de setembro de 2025. Photo by Pedro MATTEY / AFP
Exército se mobilizou na
principal avenida desse bairro, que no ano passado registrou protestos contra a
reeleição de Nicolás Maduro
A Venezuela realizou
neste sábado (20) uma jornada de treinamento militar nas ruas para preparar
civis diante de uma eventual agressão dos Estados
Unidos, enquanto o presidente Donald Trump ameaçou
Caracas com consequências “incalculáveis” caso não aceite o retorno de
imigrantes deportados. O Exército se mobilizou na principal avenida desse
bairro, que no ano passado registrou protestos contra a reeleição de Nicolás
Maduro, para instruir no uso de armamento civis que se inscreveram
voluntariamente para colaborar com os militares.
Após convocar milhares de
voluntários aos quartéis para receber formação na semana passada, Maduro ordenou
neste fim de semana que os militares fossem até os bairros para oferecer
treinamento. Mas a adesão foi muito menor: cerca de 25 blindados circularam por
Caracas e se reuniram com alguns pequenos grupos de civis. Os militares
ofereceram pequenos workshops a grupos de cerca de trinta voluntários sobre
como manejar armas ou sobre as bases do “Método Tático de Resistência
Revolucionária (MTRR)”, com informações sobre como “se camuflar”, “sobreviver”
(defesa pessoal, primeiros socorros) e “pensamento ideológico”.
Embarcações de pescadores e da
Marinha percorreram com lanchas rápidas a costa venezuelana, segundo imagens
divulgadas pela televisão pública. “Este dia de hoje é um marco que
estamos escrevendo na revolução militar que estamos construindo todos, povo e
Forças Armadas juntos. É uma verdadeira revolução militar!”, disse o ministro
da Defesa, Vladimir Padrino López.
Os Estados Unidos mobilizaram há
quase um mês oito navios de guerra no Caribe sob o argumento de combater o
narcotráfico e disseram ter destruído ao menos três embarcações de supostos
narcotraficantes em águas próximas à Venezuela, em ataques que deixaram 14
mortos. A Venezuela denuncia um plano de Washington para buscar uma “mudança de
regime” com a intenção de se apoderar do petróleo e de outros recursos
naturais.
Trump ameaçou neste sábado com
consequências “incalculáveis” a Venezuela caso se recuse a aceitar de volta os
imigrantes deportados. “Queremos que a Venezuela aceite imediatamente todos os
presos e as pessoas de instituições mentais (…) obrigados a entrar nos Estados
Unidos da América”, escreveu Trump em sua conta na plataforma Truth
Social. Ele acrescentou em letras maiúsculas que, do contrário, “o preço
que pagarão será incalculável”.
A Venezuela e os Estados Unidos
romperam relações em 2019, mas a repatriação de imigrantes é um dos poucos
setores em que os canais de comunicação entre os dois países permanecem
abertos. Em meio a esse contexto, o canal de YouTube de Maduro desapareceu da
plataforma. O governo não se pronunciou. Segundo o veículo oficial
Telesur, o canal no YouTube foi “fechado” na tarde de sexta-feira “em nenhuma
justificativa (…) em pleno desdobramento das operações de guerra híbrida dos
Estados Unidos”.
Com informações da AFP

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