O ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, foi eleito nesta segunda-feira (7) como presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). Apesar da apuração ainda não estar completamente encerrada, a ampla vantagem — superior a 60% dos votos — já garante sua vitória, segundo o atual presidente interino da legenda, senador Humberto Costa (PE).
A eleição foi realizada durante o
Processo de Eleições Diretas (PED) do PT, que no domingo (6) definiu novos
dirigentes em níveis nacional, estadual e municipal. A votação em Minas Gerais,
terceiro maior colégio eleitoral do partido, foi adiada por conta de uma
disputa judicial, mas a Justiça do Distrito Federal derrubou liminar nesta
segunda, permitindo que o pleito no estado ocorra posteriormente.
Edinho Silva, que comandou
Araraquara por oito anos, integra a corrente majoritária do PT, a Construindo
Um Novo Brasil (CNB), da qual também faz parte o presidente da República, Luiz
Inácio Lula da Silva. Ele substitui o senador Humberto Costa, que estava no
comando da sigla de forma interina após a saída da ex-presidente Gleisi
Hoffmann, nomeada ministra da Secretaria de Relações Institucionais do governo
Lula em março.
A vitória de Edinho consolida a
influência de um grupo dentro do PT que defende uma estratégia de maior diálogo
e ampliação de alianças com partidos de centro e centro-direita. Dos 16
presidentes estaduais já definidos, pelo menos 11 seguem esse perfil. Essa
linha é vista como um movimento para ampliar a base do partido e fortalecer a
governabilidade, aproximando-se do discurso do atual governo federal.
Na disputa nacional, Edinho
superou outros candidatos de diferentes correntes internas, como o deputado
federal Rui Falcão (Novo Rumo), Valter Pomar (Articulação de Esquerda) e
Romênio Pereira (Movimento PT).
O presidente eleito é reconhecido
como um político conciliador e alinhado à postura adotada pelo presidente Lula,
que defende o diálogo com setores mais amplos da sociedade, incluindo bancários
e o mercado financeiro. Essa estratégia, segundo Edinho e outros membros da
CNB, é essencial para consolidar os avanços conquistados pelo partido nas
últimas eleições.
Ex-ministro no governo Dilma
Rousseff, Edinho mantém contato direto com o Planalto e tem uma relação próxima
ao presidente Lula, que inclusive conseguiu votar no processo mesmo durante sua
participação como anfitrião da cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro.
Gazeta Brasil

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