O Exército de Israel informou que uma salva de foguetes disparados no domingo a partir da sitiada Faixa de Gaza em direção ao cruzamento fronteiriço de Kerem Shalom matou três soldados e feriu uma dúzia de outros.
Três dos 12 feridos estão em
estado grave, informou o exército à AFP. O braço armado do grupo militante
palestino Hamas, as Brigadas al Qasam, reivindicou anteriormente o ataque com
foguetes que levou as autoridades israelenses a fechar o cruzamento, usado para
levar ajuda a Gaza.
“Identificaram-se aproximadamente dez
lançamentos de projéteis cruzando da área adjacente ao cruzamento de Rafah em
direção à área de Kerem Shalom”, disse o Exército em um breve comunicado.
Israel reabriu o passo de Kerem
Shalom em meados de dezembro, após críticas de numerosas organizações
internacionais à escassa ajuda humanitária que entrava pelo também sulista
cruzamento de Rafah, na fronteira com o Egito e destinado à entrada de pessoas,
mas não de toneladas de ajuda humanitária.
O objetivo do ataque era um posto
militar de onde Israel supostamente organizava a iminente invasão de Rafah,
além de coordenar os bombardeios diários no sul do enclave, segundo a televisão
oficial do Hamas em Gaza.
Desde o início da guerra de
Israel em Gaza em 7 de outubro passado, 263 soldados morreram na ofensiva
terrestre que já dura quase sete meses, segundo dados do Exército israelense.
Do lado palestino, mais de 34.600
pessoas perderam a vida, segundo o Ministério da Saúde da Faixa, que não
distingue entre combatentes e civis – embora destaque que mais de 70% das
vítimas sejam mulheres e crianças.
Israel e o Hamas se acusaram
mutuamente de obstruir as negociações que foram retomadas neste sábado no Cairo
com mediação internacional para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, após
quase sete meses de guerra.
Os mediadores – Catar, Egito e
Estados Unidos – se sentaram com a delegação do movimento islâmico para ouvir
sua resposta à última proposta de cessar-fogo, submetida no final de abril.
Esta oferta inclui um cessar-fogo
de 40 dias e uma troca de reféns israelenses retidos em Gaza desde 7 de outubro
por palestinos presos em Israel.
Um líder do Hamas reiterou tarde
do sábado que o movimento islâmico palestino não aceitará “sob nenhuma
circunstância” um acordo que não inclua explicitamente o fim da guerra.
Anteriormente, havia indicado que
as negociações não permitiram “nenhuma evolução” por enquanto. “As negociações
de hoje terminaram e haverá uma nova rodada amanhã”, acrescentou.
Um líder israelense já havia considerado
pouco antes a postura do Hamas como um obstáculo para qualquer acordo.
“Até agora, o Hamas não abandonou
sua exigência de encerrar a guerra, obstruindo assim a possibilidade de
alcançar um acordo”, disse o alto funcionário israelense à AFP sob condição de
anonimato.
O funcionário negou relatos de
que Israel tenha concordado em encerrar a guerra em troca da libertação dos
reféns nas mãos do Hamas.
Os bombardeios israelenses
continuaram em Gaza, especialmente em Rafah, onde cerca de 1,5 milhão de
palestinos estão aglomerados.
Gazeta Brasil
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