O Conselho Regional de Medicina
do Rio de Janeiro (Cremerj) está investigando o médico, que deve perder o
registro profissional após as apurações
Já está preso no sistema
carcerário do Rio
de Janeiro o médico anestesista que estuprou uma grávida na sala
de parto do Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense.
Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, foi
detido em flagrante no último domingo, 10. Nesta terça-feira, 12, o
criminoso passa por audiência de custódia. O Conselho
Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) está investigando
o médico, que deve perder o registro profissional após as apurações.
O presidente do Cremerj, Clóvis
Munhoz, fez um anúncio para falar sobre o caso: “O Cremerj recebeu as denúncias
e, diante da gravidade, abriu imediatamente um procedimento cautelar para
suspensão das atividades do profissional e deu início à instalação de processo
ético profissional cuja a sanção máxima é a cassação”. O Hospital da Mulher
também abriu uma sindicância para apurar a extensão dos crimes cometidos por
Bezerra na unidade de saúde.
A polícia informou que foi
acionada para verificar a denúncia de que o anestesista teria passado sua
genitália no rosto e na boca da vítima, que estava desacordada durante a
cirurgia de cesariana. Enfermeiras que desconfiavam da postura do médico na
sala de parto colocaram um celular para registrar o comportamento durante as
cirurgias. As imagens obtidas são fortes e contundentes. O abuso sexual da
grávida durou aproximadamente 10 minutos.
O anestesista foi indiciado por
estupro de vulnerável e vai ser denunciado pelo Ministério Público à Justiça. A
pena varia de 8 a 15 anos de reclusão. Outras grávidas também podem ter sido
vítimas, já que no dia do flagrante o anestesista fez outros dois partos no
hospital. A anestesia era dada em uma quantidade maior do que a necessária para
que Bezerra pudesse cometer o estupro na sala de parto. A delegada do caso,
Bárbara Lomba, disse estar impressionada com os registros. “A equipe de
enfermagem, suspeitando há quase dois meses, resolveu registrar e tentar
coletar uma prova concreta”, afirmou a delegada em entrevista coletiva.
Por Jovem Pan
*Com informações do repórter
Rodrigo Viga
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