Secretário de Saúde do Rio, Edmar Santos, está em isolamento domiciliar com covid-19.Cléber Mendes/ Agência O Dia |
Demais 40 vagas
para tratamento intensivo disponíveis na rede estão no Hospital Zilda Arns, em
Volta Redonda. Edmar Santos, no entanto, diz que os hospitais de campanha em
montagem no Leblon, na Zona Sul do Rio, e no Maracanã, Zona Norte do Rio, têm
equipamentos garantidos
Rio - O
secretário de Saúde do Estado do Rio, Edmar Santos, disse que a cidade do
Rio conta com apenas 30 leitos de UTI para receber pacientes graves com
covid-19. As demais 40 vagas para tratamento intensivo disponíveis na rede
estão no Hospital Zilda Arns, em Volta Redonda. Edmar Santos, no entanto, diz
que os hospitais de campanha em montagem no Leblon, na Zona Sul do Rio, e no
Maracanã, Zona Norte do Rio, têm equipamentos garantidos e devem abrir no
início de maio.
O do Leblon,
montado pela Rede D'or, já conta com cem respiradores e o do Maracanã, 450,
anunciou. As informações foram dadas durante entrevista ao "Bom dia
Rio", da TV Globo.
Edmar Santos
informou que os hospitais estaduais da rede estão com80% das UTIs e 70% das
enfermarias ocupadas e que a demanda para atendimento cresce.
A expectativa da pasta é de que o hospital de campanha do Leblon abra na primeira semana de maio com 200 leitos, cem deles com respiradores. Já o do Maracanã, deve começar a funcionar até o dia 10 de maio com 200 respiradores e 400 leitos.
A expectativa da pasta é de que o hospital de campanha do Leblon abra na primeira semana de maio com 200 leitos, cem deles com respiradores. Já o do Maracanã, deve começar a funcionar até o dia 10 de maio com 200 respiradores e 400 leitos.
"Há uma
dificuldade muito grande para a chegada de respiradores. O Estado chegou a
pagar adiantado mais de 600 respiradores e não recebeu nenhum. As empresas
sempre declinam. É uma preocupação nacional a dificuldade em adquirir
respiradores e testes rápidos", disse Edmar Santos. O secretário
acrescentou que o estado, atualmente, tem estrutura suficiente para
controlar a pandemia até meados de maio. "Estamos com o sinal laranja
forte ligado", disse.
Edmar
acrescentou que o estado conta com esforços nacionais para adquirir
respiradores. "Há um esforço nacional nesse sentido. Empresas com
logística internacional estão se mobilizando pra trazer respiradores".
O secretário se
recupera da covid-19 em casa. Ele disse que não teve sintomas grave, mas
sensação de cansaço, prostração.
Testes
rápidos
O secretário de
Saúde disse que não tem a expectativa de ampliar a testagem da população.
"Tentamos a todo custo comprar testes e não conseguimos. Os preços são exorbitantes.
Há uma dificuldade muito grande de logística", disse.
Edmar Santos
elencou três motivos para sua constatação de que os pacientes já estejam
chegando graves na rede estadual de saúde. "A rede de atenção básica no
nosso estado é muito ruim, com exceção de alguns municípios. Além disso, a
doença também tem demonstrado mudanças abruptas nos quadros. E por último, as
pessoas estão com medo de ir ao hospital, e muitas vezes só vão quando estão em
estado grave", disse. Ele orientou a população a procurar uma unidade de
saúde quando houver falta de ar, aumento de mal-estar geral e febre alta
mantida.
Superfaturamento
em contratos
O secretário de
Saúde disse que a pasta vai rever os contratos sem interromper a aquisição de
estrutura para tratar os pacientes de covid-19. O subsecretário-executivo
de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Gabriel Neves, foi alvo de denúncia de superfaturamento na
compra de respiradores e foi afastado do governo no último dia 11.
"Partiu de
mim a solicitação de que órgãos externos, como o Ministério Público e a Alerj,
funcionassem como fiscalizadores deste processo, além das auditorias internas.
O que for preciso fazer para termos contratos claros, faremos, inclusive se
precisarmos romper contratos. Sempre alinhados com a não interrupção das
construções dos hospitais", disse o secretário.
O blog do
jornalista Rubem Berta revelou que Gabriel Neves recentemente autorizou a
compra de 50 respiradores por R$ 9,9 milhões: o dobro do preço do mercado. Além
disso, a empresa que vendeu os aparelhos sequer era uma empresa de saúde, e sim
de informática, e os aparelhos não são equipamentos
Por O Dia
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