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O ativista
Julian Assange, pouco depois da sua prisão em
abril deste
ano — Foto: Reuters/Peter Nicholls
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Material da
empresa de espionagem que monitorava o fundador do WikiLeaks na embaixada do
Equador revela que ele ficou apreensivo ao saber do indulto dado por Obama a
uma colaboradora.
O fundador
do WikiLeaks, Julian Assange,
foi espionado por uma empresa espanhola durante os sete anos em que esteve
asilado na embaixada do Equador em
Londres.
A Undercover
Global S.L. captou informações pessoais de Assange, que agora está preso
na Inglaterra e
enfrenta um processo de extradição para os Estados Unidos.
As conversas
que ele manteve com seus advogados foram gravadas.
Planos para
escapar para uma outra embaixada
Assange chegou
a fazer planos para sair disfarçado da embaixada equatoriana e ir para o
edifício de outra representação diplomática em Londres (Cuba ou Rússia).
As informações
são do jornal espanhol “El País”.
De acordo
com o jornal, a equipe de espionagem chegou a recolher uma fralda usada de um
bebê de uma colaboradora de Assange para tentar descobrir se ele era o pai da
criança.
Assange ficou
tenso depois de saber que Chelsea Manning (que vazou documentos para o WikiLeaks)
havia recebido um indulto de Barack Obama, em 2017, de acordo com o relatório
da Undercover Global.
A empresa
também registrou encontro com a atriz Pamela Anderson, uma amiga de Assange.
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| Julian Assange preso em Londres Foto: Reprodução/Ruptly |
Assange se
preocupava com uma possível espionagem e usava um aparelho para distorcer vozes
ao se reunir com seus advogados –a medida de segurança não funcionou.
Ativista
pode ser extraditado para os EUA
O fundador do
WikiLeaks é acusado pelas autoridades dos EUA de conspirar para hackear
computadores do governo americano e violar leis de espionagem.
A audiência de
extradição de Julian Assange para os Estados Unidos será em fevereiro de 2020.
Assange está
preso em Londres desde o dia 11 de abril, onde cumpre uma
sentença de 50 semanas por violar as condições de uma fiança, paga
em 2011, ao entrar na embaixada equatoriana no Reino Unido há sete anos. O
australiano buscava, com o pagamento da fiança, evitar a extradição para
a Suécia,
onde era acusado de estupro. Ele temia que, se fosse para lá, poderia ser
enviado dali para os Estados Unidos.
Depois de
arquivarem o caso, as autoridades suecas decidiram, em maio de 2019, reabrir a
investigação sobre o suposto estupro cometido por Assange.
Em 2010, o
WikiLeaks, um site de divulgação de documentos confidenciais, publicou um vídeo
militar dos EUA mostrando um ataque de helicópteros americanos em Bagdá, no
Iraque, que matou uma dúzia de pessoas, incluindo dois jornalistas da Reuters.
Por G1


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