Obra de
creche paralisada na zona norte de São Paulo
Daniel
Teixera/Estadão Conteúdo
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Entre as obras
estão 192 Unidades Básicas de Saúde e creches que gerariam 75 mil vagas em
vários estados, causando prejuízo de cerca de R$ 10 bilhões
Uma auditoria
do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou que 14 mil obras financiadas com
recursos do Governo Federal estão paralisadas ou apresentaram baixa execução
nos últimos três meses.
Entre os
motivos das obras paralisadas estão problemas técnicos, abandono pela empresa
executora, interrupções determinadas por órgãos de controle e
fiscalização, como o próprio TCU.
O Tribunal
estima que com esse volume de obras paralisadas, ao menos R$ 10 bilhões foram
investidos sem ter gerado benefício à população. Foram analisadas 38.412 obras,
para as quais havia sido previsto um investimento inicial de R$ 725 bilhões.
Entre as obras,
estão recursos destinados às creches do Programa Proinfância, em que, segundo o
TCU, vão deixar de oferecer 75 mil vagas por conta dos atrasos nas obras. Há
ainda 192 obras de UBSs (Unidades Básicas de Saúde) que estão paradas.
Reprodução/TCU |
São Paulo,
Bahia e Minas Gerais são os estados com o maior número de obras paradas,
somando os três mais de 3,5 mil canteiros paralisados. O estado de São
Paulo tem 45% das suas 2.762 obras, interrompidas.
Segundo o
ministro Vital do Rego, relator do processo de auditoria, a Caixa Econômica
Federal é a responsável pelo gerenciamento do maior número de obras. São 14.224
contratos, o que equivale a 37% do total analisado, sendo que 62% delas estão
paralisadas.
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"Nem mesmo
as obras do PAC, consideradas mais relevantes para o crescimento do país e que
deveriam, por esta razão, ser aceleradas, apresentam resultados diferentes.
Cerca de 21% delas encontram-se paralisadas", diz o ministro.
Vital do Rego
ressalta que seu parecer tem o objetivo de "conscientizar o governo dos
recursos já comprometidos e evitar que o poder público continue iniciando novos
empreendimentos, sem capacidade financeira para o avanço desses e conclusão
daqueles já em andamento".
Márcio Neves, do R7
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