© Sérgio
Lima R$ 109,3 mi teriam ido para compra de apoio à campanha
presidencial
de 2014, na qual Aécio Neves foi derrotado no 2º turno
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A PGR
(Procuradoria-Geral da República) informou nesta 3ª feira (11.dez.2018)
que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) liderou uma organização criminosa com o
objetivo de comprar apoio político de outros partidos para sua candidatura
presidencial, em 2014. Leia a íntegra.
Segundo
depoimentos de Joesley Batista e Ricardo Saud, do grupo J&F, o
senador captou R$ 128 milhões em vantagens indevidas, sendo R$ 109,3
milhões para a campanha.
O dinheiro
teria sido destinado ao próprio Aécio e a 12 partidos que o apoiaram na disputa
presidencial, como o DEM, Solidariedade e PTB.
Com base nesses
fatos, os investigadores deflagraram a Operação Ross e pediram ao Supremo
Tribunal Federal uma série de mandados de busca e apreensão contra Aécio e
outros congressistas.
Ainda segundo
as investigações, parte do dinheiro foi entregue, em espécie, ao senador. O
restante dos repasses foi viabilizado por transferência bancária e pelo
pagamento de serviços simulados. No inquérito, são investigados os crimes de
corrupção e lavagem de dinheiro.
De acordo com a
PGR, Aécio solicitou propina ao grupo empresarial 4 vezes. Em 1 dos pedidos,
solicitou R$ 100 milhões para a campanha presidencial.
“Recebeu R$
109.344.238,00, parte em espécie, parte por depósitos bancários a pessoas
fisicas, parte em pagamentos de serviços simulados e lavados em notas fiscais
ideologicamente falsas4; parte em doações oficiais a diretórios e candidatos do
PSDB, no valor de R$ 64.633.000,00; do PTB, R$ 20.000.000,00; do Solidariedade,
R$ 15.000.000,00, além de outros candidatos/partidos do DEM, PTN, PSL, PTC,
PSC, PSDC, PT do B, PEN e PMN, no valor de R$ 10.380.000,00, para “comprar”
apoio político deles para a campanha presidencial nas eleições de 2014″, informa
a PGR.
O que diz
Aécio Neves
Aécio Neves
afirmou nesta 3ª feira que o dinheiro apontado como propina fez parte de
doações à sua campanha de 2014 e que delatores mentem em busca de impunidade.
“O seu
Joesley Batista, em busca de manutenção de sua imunidade penal, falseia
informações“, disse o tucano.
O senador disse
que seus advogados estão em contato com a Polícia Federal para que seu
depoimento ocorra o mais rápido possível.
Douglas
Rodrigues / Poder 360
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