Euler Fernando
Grandolpho, de 49 anos
Foto: Reprodução/Facebook
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Euler
Fernando Grandolpho, de 49 anos, matou cinco pessoas e deixou três feridas após
abrir fogo em igreja de Campinas (SP), na terça-feira (11). G1 reuniu
informações sobre o perfil dele.
Uma tia do
atirador da Catedral Metropolitana de Campinas (SP) contou nesta quarta-feira
(12) que o sobrinho frequentou a igreja católica por um período e foi "uma
criança alegre". Além disso, uma moradora do condomínio onde ele residia,
em Valinhos (SP), relatou atritos frequentes e uma relação de medo com o homem
que matou
cinco pessoas e deixou outras três feridas.
Euler Fernando
Grandolpho, de 49 anos, entrou na igreja por volta das 13h de terça-feira (11)
e, logo após uma missa, abriu fogo, atingiu oito pessoas e cometeu suicídio.
Ele foi enterrado no Cemitério Flamboyant, que ficou isolado a pedido da
família durante a despedida.
A partir de
vários relatos, o G1 reuniu informações sobre o que se sabe do
perfil dele. Veja abaixo:
Qual a
relação do atirador com a igreja?
Alda
Grandolpho, de 82 anos, afirmou que a família é católica, e que o atirador foi
frequentador da igreja por um período, mas se afastou ao longo do tempo. Ela é
irmã do pai do autor do crime.
"É um
verdadeiro choque. Um negócio desse, na Catedral, a gente é de uma família
religiosa, sempre foi religiosa, e de repente acontece um negócio desse. Vai
saber o que se passou na cabecinha dele", lamentou.
Qual o histórico
familiar?
O atirador
vivia com o pai em um condomínio de Valinhos (SP). Ele perdeu a mãe, há oito
anos, e o irmão, vítima de leucemia, em abril de 2017. A tia afirmou que Euler
foi uma criança "boa", "alegre com todo mundo", e que não
desconfiava do comportamento dele.
"Sempre
foi uma pessoa normal. Parece-me que ele falou para uma pessoa [depois
ela cita a cunhada do atirador] que a mãe já tinha falecido, o irmão
também, e ele não teria mais motivo para viver. Não sei se isso tem a
ver", afirmou a idosa.
Homem atira
e mata fiéis durante missa na catedral de
Campinas — Foto: Arte / G1
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Qual a
formação e onde trabalhava?
Em um perfil da
rede social consta que Euler fez parte da primeira turma de publicidade e
propaganda da Unip, em Campinas, e também estudou no Colégio Técnico da Unicamp
(Cotuca).
Aprovado em
concurso público, o atirador foi assistente de promotoria no Ministério Público
de São Paulo onde, segundo o órgão, exonerou-se em julho de 2014.
De acordo com a
Polícia Civil, ele também era analista de sistemas, mas não trabalhava desde
2015.
O atirador
cometeu crimes antes do ataque?
Grandolpho não
tinha antecedentes criminais, mas, por outro lado, registrou boletins de
ocorrência por perseguição e injúria, de acordo com a Polícia Civil. As datas
não foram confirmadas.
Ele conhecia
as vítimas?
Segundo a
polícia, "aparentemente" não havia relações entre o atirador e as
pessoas mortas.
Como era a
vida social dele?
De acordo com o
delegado José Henrique Ventura, a família informou que o atirador era bastante
recluso, costumava ficar isolado no quarto, saía muito pouco de casa .
"Tinha um perfil muito estranho, era muito fechado", afirmou.
Como era a
relação com vizinhos?
Uma moradora do
condomínio onde o atirador residia com o pai contou sobre atritos frequentes e
uma relação de medo com Euler. Segundo ela, o homem foi alvo de reclamações após
jogar ovos na casa de vizinhos e por direcionar câmeras de monitoramento para
uma das casas.
"Eu
tinha medo dele, muito medo dele. [...] Ele já andou no meu quintal, já fez
tanta coisa na minha casa. Então, ele podia ter matado eu, minha filha, meu marido,
meu filho. A gente fica muito triste, muito sensibilizado, porque ele levou
pessoas inocentes que estavam na casa de Deus".
Segundo a
Polícia Civil, foi constatado no celular do atirador que ele costumava fazer
ligações à Polícia Militar para reclamar de vizinhos do condomínio. Os motivos
não foram confirmados.
Fez
tratamento psicológico?
Segundo a
polícia, o atirador fez tratamento contra depressão e a família temia que ele
cometesse suicídio. De acordo com Ventura, os investigadores descobriram que o
atirador fazia um "diário" onde anotava placas de carros e outras
informações sobre supostas perseguições a ele.
"Ele tinha
um perfil de se sentir perseguido. Chegou a registrar boletins de ocorrência e
segundo consta, até em função desse perfil, que poderia vir de uma depressão,
ele fez uma consulta no CAPS que é um centro de apoio psicossocial para tratar
disso", afirmou o delegado.
Por G1 Campinas e Região
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