Christopher
Watts é visto ao lado de seu advogado em corte do
Condado de
Weld, no Colorado, ao receber sua sentença, na
segunda-feira
(19) — Foto: RJ Sangosti/The Denver Post via AP, Pool
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Christopher
Watts, de 33 anos, afirmou inicialmente que tinha matado a mulher depois que
ela assassinou as filhas de 3 e 4 anos. Ele admitiu culpa para não receber pena
de morte e não terá direito a condicional.
Christopher
Watts foi sentenciado nesta segunda-feira (19) a três sentenças de prisão
perpétua sem direito a condicional, no Colorado, por matar sua esposa grávida e
suas duas filhas pequenas e jogar os corpos em um poço de petróleo.
Os promotores
disseram que concordaram em não buscar a pena de morte em troca da declaração
de culpa do acusado, depois de pedir a aprovação da família de Shanann Watts.
Watts, de 33
anos, havia se declarado culpado de três acusações de homicídio nas mortes de
Shanann e suas filhas pequenas. Ele também se confessou culpado em 6 de
novembro de duas acusações de ter matado uma criança, uma acusação de término
ilegal de uma gravidez e três acusações de adulteração de um corpo humano
falecido.
Uma amiga pediu
à polícia que checasse se estava tudo bem com Shanann Watts em 13 de agosto,
depois de não ter conseguido contatá-la e preocupada com o fato de a mulher, de
34 anos, ter perdido uma consulta médica. Os oficiais inicialmente cuidaram da
busca e logo procuraram apoio dos investigadores do Colorado e do FBI.
Enquanto isso,
Christopher Watts conversava com repórteres de televisões locais da varanda da
frente da casa da família em Frederick, uma pequena cidade nas planícies ao
norte de Denver, onde plataformas de perfuração e poços de petróleo cercam
loteamentos lotados.
Watts implorou
pelo retorno da família, dizendo aos repórteres que sua casa estava vazia sem
Bella, de 4 anos, e Celeste, de 3 anos, assistindo a desenhos animados ou
correndo para recebê-lo na porta.
Poucos dias
depois, ele foi preso e acusado de matar sua família.
Registros do
tribunal revelaram que Watts reconheceu à polícia que matou sua esposa. Ele
disse aos investigadores que a estrangulou de "raiva" quando
descobriu que ela havia matado suas filhas depois que ele pediu a separação.
Os promotores
já chamaram seu relato de "uma mentira descarada".
A polícia
descobriu que Christopher Watts estava tendo um caso com um colega de trabalho,
o que havia negado antes de ser preso.
As autoridades
não divulgaram relatórios de autópsia ou qualquer informação sobre como a mãe e
as filhas morreram. Os promotores disseram que os relatórios seriam divulgados
depois que Watts fosse condenado.
Os corpos das
meninas foram encontrados submersos em um tanque de óleo, em uma propriedade da
empresa em que Watts trabalhava até sua prisão. O corpo de Shanann Watts foi
encontrado enterrado nas proximidades, em uma cova rasa.
Os assassinatos
chamaram atenção da mídia em todo o país e se tornaram assunto de blogs sobre
crimes e canais de vídeo online, auxiliados por dúzias de fotos e vídeos da
família compartilhados por Shanann Watts nas mídias sociais, mostrando o casal
sorrindo e se divertindo com as filhas.
Mas os
registros dos tribunais mostraram que o estilo de vida do casal revelava
problemas financeiros. Eles entraram em concordata em junho de 2015, seis meses
depois de Christopher Watts ter sido contratado como operador da Anadarko
Petroleum, grande perfuradora de petróleo e gás, com um salário anual de cerca
de US$ 61.500.
Na época,
Shanann Watts trabalhava em um call center hospitalar infantil ganhando US$ 18
por hora.
Eles relataram
ganhos totais de US$ 90.000 em 2014, mas US$ 70.000 em sinistros não
garantidos, juntamente com uma hipoteca de quase US$ 3.000. As reivindicações
incluíam milhares de dólares em dívidas de cartão de crédito, alguns
empréstimos estudantis e contas médicas.
Por Associated Press
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