Vídeo mostra momento em que bala traçante
quase
atinge aeronave — Foto: Reprodução/Redes
sociais
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Tiro de
munição traçante é visto durante sobrevoo. Em 2009, helicóptero da PM foi
abatido e três policiais morreram. Criminoso que comandou a ação foi preso
nesta quarta-feira (21) em Belém.
Imagens gravadas por moradores mostram o
momento em que helicóptero da Polícia Civil é alvo de tiros no Alemão, na Zona
Norte do Rio, na manhã desta quarta-feira (21). Era a Operação Butano, que
desarticulou quadrilha que explorava
a venda de botijões de gás na região.
A investida prendeu 13 pessoas até as 11h e,
no confronto, mais uma vez levou tiroteio à porta da casa de quem vive em
comunidades.
Nas imagens é possível ver uma bala traçante
durante o sobrevoo da aeronave, na Chatuba. Agentes da 44ª DP (Inhaúma) e de
especializadas atuam na região.
Especialista em segurança da TV Globo,
Fernando Veloso recebeu informações de integrantes da aeronave de que o tiro
não passou perto do helicóptero do Serviço Aeropolicial (Saer) da Polícia
Civil. Veloso lembra que viveu situação semelhante durante seu período como
chefe da corporação.
"Passei
pela mesma coisa no Alemão dentro da aeronave, vi os tiros vindo em nossa
direção", disse.
Operação
Butano
Policiais civis, com apoio de homens da UPP
da Fazendinha, saíram para cumprir 17 mandados de prisão.
Um deles era contra Marcelo Fonseca de Souza,
o Marcelo Xará. O traficante não estava no Rio e foi preso em Belém do Pará. A
polícia descobriu de lá ele comandava, desde junho, o tráfico de drogas e a
venda de botijões de gás em comunidades de Inhaúma, do Engenho da Rainha, de
Thomaz Coelho e Del Castilho.
Antes de se mudar para Belém, Marcelo Xará
passou 24 anos na cadeia, cumprindo pena por sequestro, assassinato e assalto.
Foi de dentro do presídio que, em 2009, o
traficante ajudou a organizar uma invasão ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel
– quando helicóptero da PM foi derrubado a tiros, e três policiais morreram.
Quando foi solto, depois de cumprir a pena,
Marcelo continuou praticando crimes, agora explorando a venda de gás e mandando
coagir comerciantes. Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que
dois policiais militares do 3º BPM (Méier) faziam parte da quadrilha. Os dois
foram presos.
Na operação também foi preso Lucio Mauro
Gomes, apontado pela polícia como o contador da quadrilha. Ele aparece numa
conversa falando com Allan Lobo Silva, citado na investigação como o dono do
depósito onde ficam os botijões vendidos pelo bando.
O contador orienta Allan a usar um cartão de
crédito para disfarçar a origem do dinheiro. “Tudo que você vai ter que falar é
o seguinte: ‘Estamos com um problema nela, estamos tentando resolver...
enquanto isso, estou usando o cartão de crédito ou a conta bancária da minha
outra empresa’”.
Segundo o delegado Roberto Cardoso, Lucio
usava Allan como a única pessoa autorizada a vender gás. “Com isso, os lucros
aumentaram significativamente”, afirma.
Os policiais também apreenderam drogas, uma
balança e radiotransmissores.
Os presos vão responder por organização
criminosa, lavagem de dinheiro, extorsão, ameaça e crimes contra o consumidor.
Três mortos
em 2009
Em 2009, um helicóptero da Polícia Militar
foi derrubado
por traficantes no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte do
Rio. Um dos suspeitos do crime foi preso nesta quarta em Belém, no Pará,
durante operação contra
venda ilegal de botijões de gás.
Marcelo Fonseca de Souza, o Marcelo Xará,
estava numa casa de luxo em Belém e foi preso em uma ação da 44ª DP (Inhaúma)
com a 23ª DP (Méier). Ele foi acusado de comandar, de dentro do presídio em
Bangu, tentativa de invasão ao Morro dos Macacos que terminou com a derrubada
de helicóptero da PM em outubro de 2009. Na ocasião, três militares morreram.
Por G1 Rio
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