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Odebrecht está no centro
do maior escândalo da corrupção da América
Latina e reconheceu
em 2016 que subornou autoridades em uma
dezena de países
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O governo colombiano pediu ao órgão regulador
das empresas no país que proíba a empreiteira brasileira Odebrecht de fechar
contratos públicos por 20 anos, depois que a empresa reconheceu o pagamento de
propinas.
A petição ao regulador foi feita na noite de
segunda-feira (19/11) pela vice-presidente da Colômbia, Marta Lucia Ramirez, e
Carlos Gomez, chefe da agência que supervisiona a defesa legal do Estado.
"Este é um dos piores ataques cometidos
contra a moralidade do país, que causou sérios prejuízos nas finanças públicas
e foi a fonte de sérios danos à ética pública", disse a carta. "Este
pedido é efetuado levando em conta que empresas do grupo Odebrecht protagonizaram
o caso de propina e corrupção transnacional mais notório dos últimos anos em
vários países do mundo, inclusive a Colômbia."
A Odebrecht não comentou a iniciativa do
governo colombiano.
A Odebrecht está no centro do maior escândalo
da corrupção da América Latina e reconheceu em 2016 que subornou autoridades em
uma dezena de países.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, os
subornos pagos pela Odebrecht na Colômbia totalizaram cerca de 30 milhões de
dólares. A Odebrecht também admitiu ter pago as propinas.
Catorze pessoas envolvidas no escândalo da
corrupção foram presas na Colômbia, incluindo um ex-senador e ex-ministro dos
Transportes.
A Odebrecht, em parceria com uma empresa
local, foi responsável pela construção de um trecho de 528 quilômetros de uma
rodovia para o litoral caribenho, um contrato que totalizou mais de 1 bilhão de
dólares.
A vice-presidente também rejeitou a proposta
da construtora de solucionar o escândalo com uma reparação equivalente a 30
milhões de dólares e pediu uma "pena pecuniária correspondente" aos
delitos cometidos para obter contrato de construção da Rota do Sol II.
"Aceitar um acordo de compensação
econômica (...) acabaria sendo um incentivo perverso para que esse tipo de
crime continue sendo cometido", enfatizou Ramírez.
dw.com
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