Partidários do
candidato do PSL à
Presidência, Jair Bolsonaro, se
reuniram neste domingo, 30, na Avenida Paulista em São Paulo e em outras sete
capitais, um dia depois de manifestações
contra o candidato terem acontecido em todas as capitais do País e
do exterior. Pelo menos outras 16 cidades ao redor do Brasil também tiveram
atos favoráveis ao candidato. Na capital paulista, militantes e candidatos
fizeram um apelo para eleitores de João
Amoêdo (Novo)
, Alvaro Dias (Podemos), Geraldo Alckmin(PSDB)
e Henrique Meirelles(MDB) se unirem em torno do capitão, na
esperança de uma vitória no primeiro turno.
© Foto:
Miguel SCHINCARIOL / AFP Ato a favor de
Jair
Bolsonaro na Avenida Paulista
|
Em discurso aos
manifestantes, o deputado Eduardo
Bolsonaro(PSL), e o candidato ao Senado Major Olímpio (PSL) criticaram o PT. A PM não divulgou
estimativa de público na manifestação, que ocupou três quarteirões da Avenida
Paulista. Olímpio disse que se a candidatura de Bolsonaro crescer "mais um
Alckminzinho" - cinco ou seis pontos porcentuais nas pesquisas - seria
possível vencer a eleição ainda no primeiro turno.
Em áudio,
gravado no Rio de Janeiro, e divulgado durante a manifestação, Bolsonaro
repetiu o mantra. “Vamos ganhar essas eleições no primeiro turno. A diferença
será tão grande que será possível qualquer possibilidade de fraude. Chega de PT
e de PSDB." O vice de Bolsonaro, general reformado Hamilton Mourão (PRTB), chegou a ser anunciado, mas não
participou do ato.
Atos favoráveis
a candidatura de Bolsonaro ocorreram em outras oito capitais e 16 cidades, em
oito Estados e no Distrito Federal.Uma parte das manifestações consistiu em
carreatas e buzinaços, como foi o caso de Brasília e Recife. Foram registrados
atos também em Maceió, Manaus, Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém e
Florianópolis. Cidades menores, como Niterói (RJ), Foz do Iguaçu (PR), Tubarão
e São José (SC) e Uberlândia (MG), além de 11 cidades do interior paulista,
também tiveram protestos favoráveis ao candidato do PSL. Na maioria deles, as
Pms locais não divulgaram estimativas de público.
No caminhão de
som, militantes ressaltam a participação feminina no evento - dizendo que as
mulheres são mães, amigas, que cuidam da casa, dos homens e da família. Eduardo
Bolsonaro falou às mulheres que apoiam seu pai. “As mulheres de direita são
mais bonitas que as da esquerda. Elas não mostram os peitos nas ruas e nem
defecam nas ruas. As mulheres de direita têm mais higiene”, disse o deputado,
que ainda criticou o autor do atentado contra Bolsonaro, Adelio Bispo de
Oliveira. “Meu pai não tomou uma facada por alguém que queria tomar a carteira
dele. Eles estão com medo”, concluiu.
Eduardo
Bolsonaro também falou sobre a hipótese de vitória de Fernando Haddad (PT).
“Ele dará indulto para o Lula no dia seguinte”. Além disso, afirmou que se o
pai for eleito, o ex-presidente Lula não terá privilégios. Ele irá cumprir pena
em um presídio comum”. Ainda de acordo com ele, o Brasil não será
"governado da cadeia como o PCC", em uma referência ao ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba.
Os discursos
mantiveram a narrativa que tem acompanhado a campanha de Bolsonaro desde o
primeiro dia. Gritos contra o PT, Lula, Venezuela e artistas que, segundo os
partidários de Bolsonaro, vivem do dinheiro da Lei Roaunet.
A primeira a se
pronunciar no carro de som foi a candidata a deputada federal pelo PSL, Carla
Zambelli: “A nossa manifestação é verde e amarela. Nossa manifestação tem
bandeira do Brasil e não de partidos. Somos movidos pelo amor por uma pessoa
que vai mudar o País. Finalmente teremos paz com Jair Bolsonaro na Presidência.
Ele é o único presidente que irá fortalecer a Polícia Federal. É a primeira vez
em décadas que temos um presidente que fala de Deus com lágrimas nos olhos. O
nosso Estado é laico mas não é ateu", afirmou. Em seguida, a candidata
iniciou uma oração, finalizada por "ele sim" pelos manifestantes
presentes.
Entre os
simpatizantes, a certeza de que um resultado diferente da vitória de Bolsonaro
será resultado de uma fraude eleitoral. “Se o Bolsonaro não ganhar vai ser
roubado. Não vamos sair da rua se isso acontecer”, disse a empresária Helena
Dias.
Princípio de
confusão no vão livre do Masp
Já no fim da
manifestação, uma forte chuva fez com que um grupo de manifestantes se
abrigasse no vão livre do MASP. Lá, onde até pouco antes acontecia uma feira de
artesanato, um grupo de jovens gritava “ele não” e palavras de ordem contra
Bolsonaro.
Os grupos se
encontraram no MASP. A princípio, se enfrentaram verbalmente mas, antes que a
PM pudesse interferir, alguns militantes trocaram socos e pontapés. A PM
precisou “escoltar” um grupo que se posicionava contra Bolsonaro para fora do
vão livre. Policiais afirmaram que não houve detenção.
Durante a
manifestação pelo menos dois profissionais de imprensa, um deles no meio de uma
entrevista, foram agredidos com cabeçadas e empurrões enquanto tentavam filmar
uma discussão entre militantes pró-Bolsonaro e pessoas que passavam pela
Paulista. Um deles, uma repórter da Rádio Bandeirantes, levou uma cabeçada.
Atos
pró-Bolsonaro ocorrem no interior paulista
Manifestantes
voltaram às ruas na manhã deste domingo em pelo menos dez cidades do interior
de São Paulo, desta vez em atos de apoio ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro.
No sábado, as manifestações contra Bolsonaro organizadas por grupos de
mulheres, alcançaram ao menos doze cidades do interior.
Em Campinas, o
ato deste domingo contou com a presença do filho do candidato, Eduardo
Bolsonaro, deputado federal pelo PSL. Os manifestantes – cerca de 3 mil
pessoas, segundo a Polícia Militar -, se concentraram no Largo do Rosário, na
região central, e caminharam até a Praça Arautos da Paz, com apoio de carro de
som.
Em Araçatuba,
cerca de 2 mil veículos, segundo a Polícia Militar, participaram de carreata em
favor de Bolsonaro. Os manifestantes fizeram um buzinaço na Avenida dos Araçás.
Vários veículos levavam a bandeira do Brasil. Um grande número de mulheres
participou do ato.
Em Bauru,
muitos apoiadores de Bolsonaro vestiram verde e amarelo. A concentração ocorreu
na Praça da Paz. A PM não estimou o público.
Em São José dos
Campos, simpatizantes do candidato do PSL realizaram um ato de apoio na Praça
Afonso Pena. A PM não fez estimativa de público. Em seguida, os manifestantes
percorreram em carreata as ruas da cidade. Houve carreata também em São Carlos
e em Jales. A PM não contabilizou o número de veículos.
Em Jundiaí, um
carro de som abriu a carreata, a partir do Parque da Uva. Houve desfiles de
veículos em apoio a Bolsonaro também em São Manoel, Ipiguá e Botucatu. Em
Sorocaba, cerca de 600 manifestantes realizaram ato em favor do candidato em
frente ao Palácio dos Tropeiros, sede da prefeitura.
BH também tem
manifestação favorável a Bolsonaro
Depois da
manifestação que levou milhares de pessoas ao centro de Belo Horizonte, um ato
de apoio ao candidato a Presidência do PSL, Jair Bolsonaro, realizado na orla
da Lagoa da Pampulha, ponto turístico da cidade, teve hino das Forças Armadas,
comemoração pela saída do deputado federal do hospital e oração.
A manifestação
começou com diversas críticas ao movimento “Ele Não”. Muitas mulheres estiveram
presente no ato favorável ao candidato e cantaram que “mulher vota em
Bolsonaro”.
No entanto, a
organização do evento negou que fosse uma resposta à manifestação. “Estamos
aqui por Bolsonaro para que ele vença em primeiro turno” disse uma das
organizadoras, Gleine Carvalho, que afirmou que o ato não teve qualquer
influência partidária.
Carvalho ainda
fez críticas ao movimento “Ele Não”. “Eu não sou adepto dessas questões de
modinha. O 'ele não’ foi criado pela classe artística para defender os
benefícios deles. Quando vemos o povo aqui, vemos que o 'ele sim’ está muito
forte”, disse.
Brasília tem
carreata
A Polícia
Militar do Distrito Federal informou que cerca de 25 mil veículos participaram
da carreata em prol do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) realizada neste
domingo na Esplanada dos Ministérios. Segundo a PM, 6 faixas foram ocupadas na
dispersão, com 20 a 30 carros passando por minuto por faixa.
Questionado
pela imprensa sobre esse número de participantes - já que por volta do
meio-dia, perto do fim da manifestação, a estimativa divulgada foi de 10 mil a
12 mil carros -, o Major Michello reafirmou que o dado final levou em
consideração três horas e meia de evento. Segundo ele, a contagem começou no
início do ato, às 9h, e desde então chegavam e saíam carros.
Porto Alegre
reúne manifestantes
Partidários de
Bolsonaro realizaram ato a favor
do candidato na avenida Goethe, área nobre de Porto Alegre, na
tarde deste domingo. O local é tradicional ponto de comemorações esportivas na
cidade e ficou marcado por ser palco das manifestações pelo impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo os organizadores, o ato a favor do
candidato foi "suprapartidário". "O voto útil para o Brasil é o
voto em Bolsonaro", afirmou Carmen Flores, candidata ao Senado pelo PSL.
Políticos e apoiadores do candidato se revezaram nos discursos em dois carros
de som.
Gilberto
Amendola
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