Meng
Hongwei, presidente da Interpol, em foto de 4
de julho de
2017 — Foto: Roslan Rahman/AFP
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Meng Hongwei,
presidente da Interpol, está desaparecido desde viagem à China, na semana
passada, segundo relato de sua mulher.
A polícia
francesa e a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) estão
investigando o paradeiro do presidente da organização, Meng Hongwei que,
segundo relato de sua mulher, estaria desaparecido desde viagem à China, sua
terra natal, na semana passada.
Fontes da
Polícia Federal do Brasil e da Interpol confirmaram a informação. Segundo
investigadores, as circunstâncias e suspeitas desse caso estão sendo
aprofundadas.
A mulher de
Hongwei entrou em contato com a polícia em Lyon após não ter notícias do marido
desde que ele viajou para a China no dia 29 de setembro, segundo fontes
policiais citadas pela agência de notícias Reuters.
A Interpol, que
tem sede em Lyon, na França, tem entre suas atribuições procurar criminosos de
vários países a partir de alertas vermelhos. Atualmente, a Interpol tem 192
países membros.
Meng Hongwei
foi eleito presidente da Interpol em 2016, em assembléia geral da organização
em Bali, e seu mandato vai até 2020.
Antes de
assumir a chefia da Interpol, Hongwei ocupou cargos importantes na China,
incluindo o de vice-ministro de Segurança Pública.
Comando
compartilhado
O comando da
Interpol é dividido em duas frentes pelo presidente, Meng Hongwei, e pelo
secretário-geral, Jürgen Stock. O secretário-geral cumpre expediente na sede,
em Lyon, e acompanha o dia a dia da Interpol e das políticas de cooperação
internacional em tempo integral.
Já o
presidente, Meng Hongwei, que está desaparecido, não cumpre expediente em Lyon
e não precisa ter dedicação exclusiva à Interpol, tanto que ele acumula cargo
no governo chinês, onde é vice-ministro de segurança pública.
Fontes ouvidas
pela TV Globo dizem que, por causa disso, a Interpol só
começou a suspeitar do desaparecimento após o relato da esposa dele.
Internamente, o
caso é acompanhado com bastante apreensão e a Interpol abastecerá a polícia
francesa com informações sobre a rotina dele, a saída dele da França pra China
(escoltada por policiais) e com dados de inteligência e técnicas de
investigação que podem resolver o episódio.
Por Camila Bomfim, TV Globo —
Brasília
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