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REUTERS/Nacho Doce .
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O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, admitiu nesta segunda-feira
que faltou "um pouco de tato" do seu colega de chapa, o general da
reserva Hamilton Mourão, que afirmou publicamente ser favorável à realização de
uma Constituinte com a presença de pessoas não eleitas pelo voto e também a
possibilidade de um presidente da República perpetrar um autogolpe.
"Ele é
general, eu sou capitão, mas eu sou presidente. Eu desautorizei nesses dois
momentos", disse ele em entrevista ao vivo ao Jornal Nacional, ao destacar
que jamais poderia admitir uma nova Constituinte sem ter poderes para tal.
Bolsonaro
afirmou que não entendeu direito o que Mourão quis dizer com autogolpe, mas
destacou também que isso não existe. Ao ressaltar que serão "escravos da
nossa Constituição", o presidenciável disse que está disputando a eleição
porque aceita se submeter ao voto popular.
"Tenho
certeza que uma vez eleito, falta ao general ainda um pouco de tato,
convivência com a política e ele rapidamente se adequará à realidade brasileira
e à função tão importante que é a dele. Então, general Mourão, agradeço à sua
participação, mas ele foi infeliz, deu uma canelada", disse.
Bolsonaro
afirmou que poderá propor ao Congresso uma proposta de redução da maioridade
penal, que o povo quer, e destacou que não vai aceitar o chamado toma lá dá cá
nem a imposição de nomes para escolher o "nosso time de ministros".
O
presidenciável do PSL venceu o primeiro turno, mas não conseguiu a maioria
necessária para ser eleito e terá que enfrentar o candidato do PT, Fernando
Haddad, numa segunda rodada de votação no final do mês.
(Por Ricardo
Brito)
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