O
ex-presidente Lula, em abril, durante ato em São Bernardo
do Campo
(SP), horas antes de se entregar à PF .
(Foto:
Rovena Rosa / Agência Brasil)
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O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discutiu com seus advogados Roberto Teixeira e
José Roberto Batochio, além da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o
ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, antes de desistir
do recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar a
discussão sobre a sua candidatura à Presidência da República.
Com a
desistência, na prática, o STF não deve analisar mais a inelegibilidade. Se o
plenário decidisse que Lula está inelegível, o ex-presidente não teria outra
instância para recorrer.
Mas se a
discussão sobre o tema ficar com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a defesa
de Lula poderá, em tese, recorrer ao STF.
Ao blog, Haddad
contou que os advogados explicaram ao ex-presidente nesta segunda-feira (6), em
Curitiba, que a melhor estratégia era abrir mão do recurso ao STF, apesar de
ser um "prejuízo para a defesa" do ex-presidente, mas que visava
"evitar uma manobra" .
"Lula
disse: não troco minha dignidade pela minha liberdade. Falamos do que já foi
uma manobra no caso do habeas corpus. Aí, ele falou: se há risco, abra mão [do
recurso] e me registre no dia 15", contou Haddad à reportagem.
Haddad
será vice de Lula. Se Lula for impugnado pela Justiça Eleitoral, porque
é ficha suja, Haddad assumirá a cabeça de chapa e a deputada estadual Manuela
D'Ávila (PcdoB-RS) será a vice.
O PT tem
expectativa zero em relação ao TSE e vai aguardar o fim do trâmite no tribunal
para fazer a troca no registro. O partido tem até dia 17 de setembro para
anunciar que Haddad será o candidato à Presidência.
Enquanto isso,
o ex-prefeito de São Paulo vai rodar o país com Manuela D'Ávila, já em
campanha. "Lula foi claro para mim que precisava de alguém neste período
para o representar", afirmou Haddad.
Por Andréia Sadi
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