A ex-presidente deposta da Coreia do Sul Park Geun-hye
(Foto: Jung Yeon-je / AFP
Photo)
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Park Geun-hye foi condenada por envolvimento no caso de corrupção da
'Rasputina', que culminou com sua cassação em janeiro de 2017.
A ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, foi condenada nesta
sexta-feira (6) por um tribunal de Seul a 24 anos de prisão pelo seu
envolvimento no caso de corrupção da "Rasputina", que culminou com
sua cassação em janeiro de 2017.
A sentença, que foi transmitida ao vivo pela TV, considera comprovada
que a ex-presidente conservadora e sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como a
"Rasputina", criaram um esquema para extorquir dinheiro de grandes
empresas, como Samsung, Hyundai e Lotte.
Park, de 66 anos, foi considerada culpada por 16 das 18 acusações de
abuso de poder, suborno e coerção e ainda foi multada em US$ 17 milhões. A
defesa de Park deve apelar da sentença.
Ex-presidente da Coreia do Sul é condenada a 24 anos de prisão por
corrupção
"O presidente abusou do poder que foi dado a ela pelos
cidadãos", afirmou o juiz, que ressaltou ainda que sua sentença era
necessária para se mandar uma mensagem para os próximos governantes do país. A
procuradoria havia pedido 30 de prisão, de acordo com a CNN.
Park não ouviu do tribunal a leitura da sentença. A ex-presidente e
seus advogados se recusaram a participar depois que a corte decidiu que a
transmissão seria ao vivo - foi a primeira vez que isso aconteceu após uma lei
aprovada no ano passado permitindo esse tipo de divulgação.
Apoiadores de Park se reuniram fora do tribunal para acompanhar a
leitura da sentença e pedir pela liberação da ex-presidente.
Apoiadores da ex-presidente sul-coreana Park Geun-Hye realizam
manifestação
Tráfico de influência
A queda em desgraça da ex-presidente começou em meados de 2016, quando
foi revelado que sua melhor amiga, Choi Soon-sil, que nunca ocupou nenhum cargo
oficial, aproveitou sua influência para obter milhões de dólares de grandes
empresas sul-coreanas.
O escândalo levou a Assembleia Nacional a destituir a presidente em
dezembro, o que acabou com a imunidade de Park e abriu caminho para uma
investigação.
Depois que o Tribunal Constitucional confirmou em 10 de março o
impeachment, a Procuradoria interrogou a ex-presidente e solicitou sua prisão,
porque considerava Park uma cúmplice de Choi. A ex-presidente nega todas as
acusações e afirma que Choi traiu sua confiança.
ENTENDA O ESCÂNDALO NA COREIA DO SUL
Park é o terceiro ex-chefe de Estado da Coreia do Sul detido por um
caso de corrupção. Chun Doo-Hwan e Roh Tae-Woo cumpriram penas de prisão nos
anos 1990 por motivos similares. O ex-presidente Roh Moo-Hyun, eleito
democraticamente, cometeu suicídio em 2009, quando ele e a família eram
investigados por corrupção.
Por G1
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