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Paulo Whitaker Análises ocorrem após
entrevista
do ex-presidente à Folha de S. Paulo
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Enquanto
petistas avaliaram que Lula fez bem em não considerar um plano B para a disputa
pela Presidência, entre políticos adversários o entendimento foi de que, em
entrevista à Folha de S.Paulo, o ex-presidente demonstrou o isolamento do
partido e aceno ao MDB.
"O PT está
ficando isolado. Até o comportamento de plenário inverteu: o PT está muito mais
se submetendo ao PSOL do que o contrário", disse o líder o PSDB na Câmara,
Nilson Leitão (MT).
Quanto ao
trecho em que Lula diz que o presidente Michel Temer foi alvo de tentativa de
golpe quando houve a divulgação dos áudios do emedebista com o empresário
Joesley Batista, o tucano vê a possibilidade de um aceno do petista para
eventuais alianças eleitorais regionais.
"É uma
bandeira branca, talvez. Alguém que chamou o Temer o tempo todo de golpista
está colocando ele como vítima", disse Leitão.
O ministro da
Secretaria de Governo, Carlos Marun, comemorou a declaração: "Só vocês [da
imprensa] que não acreditaram que era golpe. Até o Lula reconhece".
Para o líder do
DEM, Rodrigo Garcia (SP), Lula "quer botar todo mundo no mesmo balaio e
medir todo mundo com a régua dele".
Na esquerda e
na centro-esquerda, a entrevista de Lula só foi elogiada por petistas.
O deputado José
Guimarães (PT-CE), líder da minoria na Câmara, disse que o petista apenas fez
um relato histórico. O líder do PT na Casa, Paulo Pimenta (RS), declarou que
Lula fez bem ao não cogitar uma candidatura alternativa. "Aceitar o plano
B é aceitar a criminalização do Lula."
Pimenta
minimizou as queixas de Lula na entrevista sobre o presidenciável Ciro Gomes
(PDT), que tem criticado o legado do PT. O ex-presidente afirmou que o
pedetista "anda falando demais" e que ninguém de esquerda vencerá sem
apoio petista. "Ele [Lula] respondeu, quando questionado, sem fazer
qualquer tipo de ataque", disse o deputado, defendendo a unidade entre os
partidos de esquerda.
Em entrevista à
Rádio Bandeirantes nesta quinta (1º), Ciro disse não ser nada fácil para alguém
com a trajetória de Lula carregar uma condenação. Na sequência, classificou a
afirmação do ex-presidente sobre a subordinação dos presidenciáveis ao PT ou
PSDB como grave e rebateu o petista: "Lula parece não estar percebendo
corretamente o que está acontecendo no país."
O líder da Rede
no Senado, Randolfe Rodrigues (AP), disse que "reapareceu o velho Lula pragmático".
"Pensa em
eleições, em quaisquer alianças para atingir o objetivo. Não duvido que em uma
eventual vitória terá aliança com o velho da política, com o MDB." Para o
líder do PSOL, Ivan Valente, "esse tipo de declaração confunde as pessoas
que combateram o impeachment como golpe". Com informações da
Folhapress.
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