O
vice-presidente do Equador, Jorge Glas, durante coletiva
de imprensa
em Quito, no dia 21 de agosto
(Foto: Reuters/Daniel Tapia)
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Jorge Glas
foi condenado a seis anos de prisão por receber subornos. Ele pode perder o
cargo em julgamento político na Assembleia Nacional ou por completar três meses
de ausência permanente no início de 2018.
A justiça do
Equador rejeitou nesta quinta-feira (21) o recurso do vice-presidente, Jorge
Glas, para suspender a pena de
seis anos de prisão a qual foi condenado por receber subornos do
grupo brasileiro Odebrecht, informou a Procuradoria.
O recurso de
suspensão condicional da pena foi negado devido a falta de dois requisitos: que
a condenação não exceda cinco anos e que não haja agravantes.
Glas foi
condenado a seis anos de prisão por associação criminosa e "no dia 13 de
dezembro o Tribunal da Sala Penal pronunciou a sentença aplicando
circunstâncias agravantes", além de solicitar que o vice-presidente fosse
investigado por outros crimes, como corrupção passiva e enriquecimento ilícito.
A defesa de
Glas, que cumpre prisão preventiva
desde o dia 2 de outubro, argumenta que o vice-presidente foi julgado
com um código penal caduco e que não foi aplicado o princípio de bonam partem.
"O
Tribunal Penal fez uma monstruosidade jurídica", declarou à imprensa
Eduardo Franco, advogado do vice-presidente.
Ao comentar a
rejeição do recurso, Glas disse que "foi mais um passo no plano para se
tomar a vice-presidência de maneira ilegítima".
O
vice-presidente também enfrentará um julgamento político na Assembleia Nacional
- após o aval desta quinta-feira da Corte Constitucional - visando sua
destituição.
Glas também
poderá perder o cargo por ausência definitiva, já que no dia 2 de janeiro
cumprirá três meses de prisão.
A situação do
vice-presidente têm como pano de fundo o racha no movimento governista Aliança
País - no poder desde 2007 - entre os partidários do presidente Lenín Moreno e
os do ex-presidente Rafael Correa,
grande aliado de Glas.
Correa, que em
várias ocasiões disse que não existem provas contra Glas, sustenta que Moreno,
que foi seu vice-presidente entre 2007 e 2013, se aliou à oposição tradicional
e se utiliza da luta contra a corrupção para desprestigiar seu governo e
afastá-lo da política.
Por France Presse
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