O senador
Aécio Neves (PSDB-MG) no plenário do Senado Federal,
um dia depois de o plenário ter revogado a
decisão do STF que o
afastou do mandato
(Foto:
Renato Costa/Framephoto/Estadão Conteúdo)
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Senador estava afastado do mandato
desde setembro, por determinação da Primeira Turma do STF. Mas, nesta terça,
Senado derrubou afastamento, e Aécio pode retomar atividades parlamentares.
No primeiro dia após retomar o
mandato parlamentar, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta quarta-feira
(18) em plenário que é vítima de uma "ardilosa armação",
acrescentando que provará a inocência dele.
Aécio havia sido afastado por
determinação da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da
Procuradoria Geral da República.
Mas, nesta terça (17), o plenário
do Senado derrubou o afastamento, por 44 votos a 26.
Ao chegar ao Senado, Aécio, então,
se dirigiu ao plenário e fez um breve discurso.
"Será no exercício do meu
mandato que irei me defender das acusações absurdas e falsas que tenho sido
alvo. Vítima de uma ardilosa armação, uma criminosa armação."
Ele se disse "vítima de
ardilosa armação, uma criminosa armação" comandada por empresários, que
"enriqueceram às custas do dinheiro público", e "corroborada por
homens de Estado".
"Será no exercício do meu
mandato que irei me defender das acusações absurdas e falsas que tenho sido
alvo. Vítima de uma ardilosa armação, uma criminosa armação", afirmou.
O senador se disse alvo de
"vis ataques", mas afirmou não ter rancor ou ódio.
"Fui alvo dos mais vis
ataques nos últimos dias, mas não retorno a esta Casa com rancor e com ódio.
Vim acompanhado da serenidade dos homens de bem e daqueles que conhecem a sua
própria história. E a minha história é digna", declarou.
Afastamento derrubado
Relembre no vídeo abaixo como foi
a sessão do Senado em que o afastamento de Aécio Neves foi derrubado:
Senado derruba medidas do STF e
devolve o mandato a Aécio
Entenda o caso
Com base nas delações de
executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Aécio foi denunciado pela PGR
pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça.
Segundo a PGR, o tucano pediu e
recebeu R$ 2 milhões da JBS como propina.
A procuradoria afirma também que
Aécio atuou em conjunto com o presidente Michel Temer para impedir o andamento
da Lava Jato.
Desde o início das investigações,
Aécio tem negado as acusações da PGR.
Presidência do PSDB
Desde maio deste ano, quando foi
afastado do mandato pela primeira vez, Aécio Neves está licenciado da
presidência do PSDB. O partido tem sido comandado pelo também senador Tasso
Jereissati (CE).
"Eu acho [que Aécio deve
renunciar] porque eu acho que ele não tem condições, dentro das circunstâncias
que está, de ficar como presidente do partido. Nós precisamos ter uma solução
definitiva, não provisória." – Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Mais cedo, nesta quarta, Tasso
defendeu que Aécio renuncie à presidência, porque, na avaliação do presidente
interino, não tem mais "condições" de retomar o comando do PSDB.
Por Alessandra Modzeleski, G1,
Brasília
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