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Ativos de Maduro sujeitos à
jurisdição dos EUA estão congelados, e americanos não podem fazer negócios com ele.
Presidente convocou eleição de Assembleia Constituinte, ocorrida no domingo
(30).
O Departamento do Tesouro
dos Estados Unidos anunciou
nesta segunda-feira (31) sanções contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Segundo comunicado,
todos os ativos de Maduro que estejam sujeitos à jurisdição dos EUA estão
congelados, e todos os americanos estão proibidos de fazer negócios com ele. Ao
anunciar as sanções, as autoridades americanas chamaram Maduro de ditador. O
presidente venezuelano rejeitou as sanções, dizendo que não recebe "ordens
imperialistas".
"As eleições ilegítimas de
ontem [domingo] confirmam que Maduro é um ditador que ignora a vontade do povo
venezuelano", disse o secretário do Tesouro, Steven T. Mnuchin, ao
anunciar que todos os ativos do mandatário "sob a jurisdição dos Estados
Unidos estão congelados". Mnuchin disse ainda que os EUA consideram
aplicar mais sanções contra venezuelanos.
O conselheiro de Segurança
Nacional de Trump, general McMaster, disse: "Maduro não é apenas um líder
ruim, ele agora é um ditador".
Governo americano impõe sanções a
Nicolás Maduro após eleição da Assembleia Constituinte na Venezuela
As sanções são anunciadas um dia
após a eleição para a Assembleia Constituinte na Venezuela, a qual os EUA já
tinham manifestado sua oposição. Em comunicado no dia 17 de julho, o presidente
Trump havia dito: "Se o regime de Maduro impuser sua Assembleia
Constituinte no dia 30 de julho, os EUA vão aplicar fortes sanções
econômicas".
Questionado pela correspondente
da Globonews em Washington, Raquel Krähenbühl, sobre se os EUA
acreditam que a Venezuela está caminhando para um golpe de Estado, McMaster
disse que não se trata de um golpe, mas de uma opressão violenta.
"O que estamos vendo na
Venezuela não é um golpe. O que estamos vendo é a opressão brutal do povo
venezuelano", disse McMaster. "Então, fica claro se você contrastar o
comparecimento do referendo da oposição com os baixos números de comparecimento
na farsa associada à Assembleia Constituinte, você vê quais são os reais
desejos do povo venezuelano".
Vários países condenam eleição de
Assembleia Nacional Constituinte na Venezuela
'Ordens imperialistas'
Após o anúncio das sanções, Maduro
rejeitou as sanções, dizendo que não recebe "ordens imperialistas".
"Eu não obedeço ordens imperialistas, eu não obedeço governos
estrangeiros, sou um presidente livre", afirmou.
O venezuelano afirmou ainda que as
sanções representam a impotência e o desespero do presidente norte-americano,
Donald Trump, por não conseguir impedir seu plano de eleger uma Assembleia
Constituinte.
Assembleia Constituinte
A Assembleia Constituinte será
formada por 545 deputados, que vão reescrever a Constituição do país. Segundo
Maduro, a medida trará paz à Venezuela. Para a oposição, o objetivo é manter
Maduro no poder. Dez pessoas morreram durante a votação e ao menos 58 foram
detidas.
Enquanto o governo diz que 8
milhões de venezuelanos foram às urnas eleger os deputados que redigirão a nova
Constituição (41,53% dos eleitores venezuelanos, segundo o Conselho Nacional
Eleitoral), a oposição afirma que foram 2,5 milhões (12,4% de participação,
segundo a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática).
Por G1
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