Protesto em
Caracas contra governo de Nicolás Maduro,
da Venezuela
- 01/07/2017 (Juan Barreto/AFP)
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Manifestação defende a
procuradora-geral Luisa Ortega, chavista que se colocou contra o governo
Após três meses de protestos e 80
mortos, os venezuelanos continuam protestando contra o governo de Nicolás
Maduro e a favor da democracia.
“Os protestos acontecem de maneira
improvisada, sem aviso, para evitar a repressão”, diz a jornalista Nathalia
Watkins que cobre os eventos na Venezuela.
“A gente vê gente descendo da
favela e gente descendo vindo dos bairros mais nobres da cidade em direção à
manifestação”, diz Nathalia.
Segundo ela, muitos chegam com paus, pedras e escudos, preparados para
enfrentar a Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e os colectivos,
milícias chavistas armadas que não usam uniforme e geralmente andam de moto.
Entre os slogans mais comuns estão
“Maduro assassino”, “Liberdade!” e outros pedindo uma mudança de governo.
A tensão no país tem aumentado com
a aproximação da data de 30 de julho, dia marcado para eleições para a
Assembleia Constituinte. Maduro está usando essa ideia de uma constituinte para
suprimir de vez a atual assembleia eleita pelo povo e de maioria opositora. Ele
também alterou as regras eleitorais para conseguir a maioria no novo órgão,
mesmo com uma minoria de votos.
Nos protestos recentes, a repressão costuma acontecer no final da
tarde. “É um ritual que se repete, com bombas de gás lacrimogêneo e
balas de borracha. Eles usam o que podem para dispersar as pessoas”, diz
Nathalia.
A imprensa, geralmente preservada
em manifestações em todo o mundo, também tem sido atacada sem piedade pelas
milícias e pelos uniformizados.
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