Reitor
acredita que a crise na uerj deverá ser
resolvida em
setembro. Divulgação
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O motivo é a falta de recursos
para pagamento de professores, funcionários e bolsistas
O início do ano letivo de 2017 na
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que estava previsto para
agosto, ainda não está confirmado. O motivo é a falta de recursos para
pagamento de professores, funcionários, bolsistas e até o restaurante universitário,
segundo admitiu o reitor da instituição, Ruy Garcia Marques. Ele foi o
anfitrião da reunião da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades
Estaduais e Municipais (Abruem), realizado nesta sexta-feira (21), no Rio.
“Está previsto iniciarmos o
primeiro semestre letivo de 2017 em 1º de agosto. É sabido que estamos com três
meses de salários atrasados, com bolsas de alunos e professores atrasadas e
atraso no décimo terceiro de 2016. Já vínhamos dizendo que, se não acontecer
alguma coisa, relativa a uma tentativa de regularização dos salários nessas
próximas semanas, acredito que não teremos condição de iniciar. Estudantes,
docentes e técnicos administrativos não têm mais recursos sequer para locomoção
e alimentação”, disse o reitor.
Segundo ele, a crise que afeta a
Uerj deverá começar a ser resolvida a partir de setembro, quando o governo do
Rio vai regularizar as pendências financeiras com o funcionalismo, com a adesão
ao Regime de Recuperação Fiscal do governo federal. Apesar da previsão do reitor,
o prazo pode ser menor, porque o governador Luiz Fernando Pezão estimou ontem
(20) que o estado vai conseguir atualizar os pagamentos dos servidores em
agosto.
O presidente da Abruem, Aldo
Nelson Bona, reitor da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná
(Unicentro), disse que a crise da Uerj é a mais grave das instituições públicas
de ensino superior do país, mas que todo o sistema está sofrendo com falta de
verbas. Para ele, uma das soluções é aumentar as parcerias com as empresas, a
fim de diminuir a dependência do setor público.
“A crise pela qual passa a Uerj
não é exclusividade. É uma crise pela qual passam as universidades estaduais e
municipais e também as instituições federais. Afeta o sistema de educação
superior e de ciência e tecnologia do país. Mas é muito mais aguda na Uerj. É
preciso uma solução que envolve um conjunto de ações, exige discussão de um
novo modelo de financiamento e passa por uma interação, cada vez mais
necessária, entre academia e setor privado”, disse o presidente da Abruen.
Da Agência Brasil
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