Forças
Armadas que atuarão no Rio estão preparadas
para
qualquer reação, diz Jungmann. Reprodução
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Forças Armadas vão auxiliar as
polícia estaduais até o último dia de 2018. Anúncio foi feito nesta
quinta-feira pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann.
"Tempos difíceis e
extraordinários requerem medidas difíceis e extraordinárias." A frase foi
dita pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, para resumir como será a atuação
das Forças Armadas no Rio de Janeiro até o último dia de 2018. O comunicado foi
feito nesta quinta-feira (27) durante coletiva de imprensa na sede do Comando
Militar do Leste, no Centro do Rio.
Segundo Jungmann, a participação
de Exército, Marinha e Aeronáutica não será feita de uma forma que ele
classificou como "clássica" de ocupação, como é previsto em decretos
de garantia da lei e da ordem, GLO, alguns deles assinados no período das
Olimpíadas de 2016, por exemplo. Ainda assim, o ministro adiantou que alguns
dos decretos serão, sim, assinados pelo presidente Michel Temer para determinadas
situações.
"Primeiro, essas operações,
elas não serão anunciadas. Nós não anunciaremos [efetivo, custo, local]. (..) O
objetivo não é apenas inibir o crime com a presença física das Forças Armadas e
outras forças, se trata, neste caso aqui, de golpear. Por isso, a
palavra-chave, primeiro, é inteligência. É gerar informações para que nós
possamos chegar na cadeia, no comando do crime", afirmou.
Após a explicação, o ministro
disse que precisava se dirigir à sociedade civil e alertou para a possibilidade
de represálias do crime organizado à atuação dos militares.
"É preciso ter em conta que
dado o avanço e o ponto que chegou a criminalidade no Rio, sim, nós vamos ter
reações. E é muito importante que a sociedade entenda que é preciso
enfrentar", ressaltou ou ministro.
Ações sociais
Durante o anúncio, Jungmann também
prometeu ações sociais durante a atuação das forças armadas no estado. Segundo
ele, já há um pacote de propostas e soluções elaborados pelo Ministério do
Desenvolvimento Social sobre o que deverá ser feito nas comunidades.
Também nesta quinta, mais cedo,
Jungmann participou da primeira reunião do Estado-Maior Conjunto para Operações
Integradas no Rio de Janeiro. Trata-se de um órgão de coordenação e
planejamento criado para apoiar o Plano Nacional de Segurança, definido pelo
governo federal, que atuará no RJ até o fim do próximo ano.
Uma das justificativas para a
mudança no emprego de militares foi a longa permanência do Exército no Complexo
da Maré. De acordo com Jungmann, foram gastos R$ 400 milhões durante 1 ano e
meio de ocupação no conjunto de comunidades e, atualmente, o crime organizado
voltou a dominar as favelas.
Por Nicolás Satriano, G1 Rio
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