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/ TV Globo Diretor jurídico da companhia
delatou um dos responsáveis pela Operação
Greenfield
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O diretor jurídico da JBS,
Francisco de Assis e Silva, utilizou quatro aparelhos para gravar conversa com
o procurador Angelo Villela (à direita na foto), um dos responsáveis pela
Operação Greenfield. De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, ele
foi orientado por policiais federais a participar da ação, que ocorreu em 3 de
maio.
No dia, o executivo foi a um
jantar na residência de Willer Tomaz (à esquerda na foto), advogado
contratado pela Eldorado Celulose, empresa do grupo J&F, que controla a
JBS. A Eldorado é alvo da Operação Greenfield, que investiga desvios em fundos
de pensão.
De acordo com o depoimento de
Assis e Silva, Tomaz pagava R$ 50 mil mensais ao procurador da República Angelo
Vilella. Os delatores da JBS, no entanto, não tinham provas materiais do
repasse.
Para disfarçar, o delator escolheu
um paletó escuro e se manteve vestido com ele durante toda a festa, realizada
em área nobre de Brasília. Os policiais federais controlavam a ação por meio de
um grupo no WhatsApp.
Os agentes da PF esconderam nele
três aparelhos de gravação. Um gravador, de espessura fina, foi colocado dentro
da carteira. Dois outros eram encontrados nos bolsos dianteiro e lateral da
calça. Sem contar aos investigadores, o executivo levava um gravador próprio no
bolso do paletó.
Após a ação, foram presos o
advogado e o procurador, que se dizem alvos de armação.
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