© Foto:
Reuters
|
Depois da votação da
admissibilidade denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o
presidente Michel Temer no plenário da Câmara, dificilmente o PSDB continuará
no governo. A avaliação foi feita nessa segunda-feira, 24, pelo
secretário-geral do partido, o deputado federal Silvio Torres (SP), em
entrevista ao programa Estadão às Cinco, da TV Estadão.
O parlamentar afirmou que ainda
não foi definida a posição oficial do partido, mas avaliou que há uma ampla
maioria favorável ao desembarque na bancada, que deve liberar o voto dos
tucanos.
“Após a votação o PSDB
dificilmente ficará no governo. Teremos a liberdade política de nos articular
para 2018. Ficaremos em uma posição crítica de poder fazer avaliação do atual
do governo”, disse o tucano.
O parlamentar explicou, ainda, que
"a situação nos últimos 60 dias", período em que vieram à tona a
delação da JBS e as gravações realizadas pelo empresário Joesley Batista,
"obrigou (o partido) a fazer nova reflexão" sobre o apoio ao governo.
"Não precisamos de cargo no governo Temer para apoiar o programa de
governo", defendeu o secretário-geral do PSDB.
Neste cenário, disse, a decisão
sobre o encaminhamento da denúncia deve ser encarada pelos deputados como forma
de garantir à sociedade brasileira "o direito de saber se o presidente
está envolvido em corrupção gravíssima", o que, segundo Torres, daria um
protagonismo mais autêntico ao Congresso Nacional.
Torres revelou que é favorável ao
encaminhamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo
Tribunal Federal (STF), que será votado na próxima quarta-feira (2). "O
relator foi muito preciso na avaliação de que, em caso de dúvida sobre
admissibilidade da ação, a decisão tem que ser pró-sociedade", comentou.
Mas, de acordo com o deputado,
ainda não houve uma reunião do partido para tratar especificamente da posição
na votação da denúncia no plenário. O líder (do partido na Câmara), deputado
Ricardo Trípoli (SP), marcou para terça (1) ou até mesmo quarta-feira (2) uma
reunião para discutir a questão", afirmou.
Presidência do partido. Após
o envolvimento do presidente afastado do PSDB, senador Aécio Neves, com a
delação de executivos da JBS, o partido se prepara para eleger um novo
presidente. O cargo, segundo o Secretário-geral do PSDB, o deputado federal
Silvio Torres (SP), "caminha para ser ocupado" pelo senador Tasso
Jereissati (CE). A afirmação foi feita em entrevista nesta segunda-feira ao
programa Estadão às Cinco, da TV Estadão.
"Desde a primeira reunião
ampliada da executiva nacional, já foi lançado o nome de Tasso para ser o
presidente definitivo do partido", explicou. O primeiro tucano a sugerir o
senador Jereissati como novo líder partidário, segundo Torres, foi o governador
de São Paulo, Geraldo Alckmin.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!