Eduardo,
marido da grávida, também ficou feriado
após acidente (Foto: Matheus Rodrigues / G1)
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Marido da vítima diz que não
foi possível reconhecer suspeitos por foto; próximo passo será fazer o retrato
falado. Flávia Ahrends estava no terceiro mês de gravidez.
Assaltantes que atropelaram uma mulher grávida em
Higienópolis, Zona Norte do Rio, poderão ser enquadrados no crime de aborto depois
de o acidente provocar a perda do bebê. A informação é de Wellington Vieira,
titular da 21ªDP (Bonsucesso), responsável pelo caso. A pena é de 7 a 15 anos.
Flávia Ahrends estava grávida de
três meses e declarou, em seu depoimento, que o atropelamento foi proposital.
Ela, o marido e o enteado foram atropelados quando voltavam de uma festa
junina.
A vítima fez a cirurgia para a
retirada do feto na segunda-feira e, segundo o investigador, ainda está muito
abalada com o caso. "Toda vez que ela lembra, fica muito emocionada",
diz Vieira.
O marido Eduardo Baptista foi
esfaqueado durante o assalto. Ele afirmou, nesta terça, que não conseguiu fazer
o reconhecimento dos suspeitos apresentados na 21ª DP. Ainda segundo Eduardo, o
próximo passo é fornecer informações para o retrato falado dos suspeitos.
"Um [suspeito] é um moreno de
1,70 metros, deve ter uns 21 anos. O outro é branco com cabelo enrolado. A
gente reconhece e vai fazer o retrato agora para tentar prender eles",
detalhou.
O episódio aconteceu na noite de
sexta-feira (7). Eduardo Baptista disse ainda que pensa em se mudar do bairro,
onde mora há quatro anos.
"Eles estavam com intuito de
roubar coisas pequenas como celulares, carteiras. Eles estavam muito
acelerados, pareciam drogados. Em nenhum momento eu ofereci resistência, pelo
contrário. Eu estava entregando tudo. Mesmo assim eles não tiveram pena, foram
cruéis, atropelaram a gente e depois deferindo a facada", contou.
Por Matheus Rodrigues, G1 Rio
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