Na segunda (10), Cabral prestou depoimento sobre a Operação Mascate. |
Ex-governador
Sérgio Cabral também é aguardado pra depor. Na segunda (10) ele prestou
depoimento sobre a Operação Mascate.
A ex-primeira
dama do Estado do Rio, Adriana Ancelmo, presta depoimento na tarde desta
quarta-feira (12) no Centro do Rio. Ela e o marido, Sérgio Cabral, devem ser
ouvidos pelo juiz da 7ª Vara Federal, Marcelo Bretas. Ao chegar, Adriana entrou
em silêncio e os advogados informaram que Adriana Ancelmo não daria
entrevistas.
O primeiro a
depor foi Sergio de Castro Oliveira, o Serjão. Ele trabalha como assessor de
Cabral desde os tempos que este era presidente da Assembleia Legislativa do Rio
de Janeiro, entre 1995 e 2002. Ele confessou que movimentou valores ilegais em
campanhas de Cabral: "Sei que é prática errada que permeava e permeia
política até hoje", reconheceu ele em depoimento.
Em outro
momento, ele disse que comprou remédios para pai de Cabral com dinheiro
recebido por Luiz Carlos Bezerra,
apontado como um dos principais operadores do esquema.
"Que
história é essa?", diz Cabral sobre 5%
Na segunda
(10), Cabral prestou depoimento sobre a Operação Mascate. Pela primeira vez,
ele respondeu às perguntas do magistrado — até então, só atendia aos próprios
advogados.
Na ocasião, o
ex-governador voltou a reconhecer que tenha utilizado caixa dois e negou
propina. Ele disse que, enquanto esteve no cargo, não houve "toma lá, dá
cá".
"Basta o
governante discernir e separar um assunto do outro e isso eu fiz, posso
garantir à Vossa Excelência e ao Ministério Público Federal. Nunca houve uma
contrapartida, seja para empresário A, B ou C por ter me dado recursos (...)
oficialmente ou em caixa dois, com temas abordados enquanto governante. Nunca
houve propina. Nunca houve propina. Houve apoio", disse ele.
Anteriormente,
ele já havia dito ter utilizado "sobras de campanha". Cabral foi
denunciado 13 vezes e já foi condenado uma. As outras 12 ainda aguardam
desfecho.
Ele disse que
as acusações do MP em relação a uma suposta propina para Cabral de 5% nas
grandes obras são "injustas".
"Eu vejo
sempre que o Ministério Público, nas acusações, se refere sempre a delatores
que falam em 5% (de propina). Nunca houve 5%. Que 5% é esse? Que história é
essa? 'Que 5% era uma coisa que vigia no governo Sérgio Cabral'. Que maluquice
é essa? Que eu atônito vi essa... Eu estou falando para Vossa Excelência. Há
colabroações, há caixa dois, há apoios, eu reconheço"
Por Gabriel Barreira, G1 Rio
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