Apesar das críticas, Trump defende o veto, sob o argumento de que a medida é necessária para a segurança nacional. |
A decisão marca uma vitória
significativa para o republicano, na maior controvérsia legal da sua
administração.
A Suprema Corte dos EUA autorizou,
nesta segunda-feira (26), que o
decreto que proíbe a entrada de cidadãos de seis países de maioria
muçulmana no país entre parcialmente em vigor.
A decisão reduz o alcance de
sentenças judiciais emitidas por instâncias inferiores e que bloqueavam
completamente a ordem executiva.
Na maior controvérsia legal da sua
administração, a decisão desta segunda marca uma vitória significativa para o
republicano já que a justiça aceita escutar os argumentos da administração
Trump. No entanto, a batalha legal continua.
Apesar das críticas, Trump defende
o veto, sob o argumento de que a medida é necessária para a segurança nacional.
O decreto proíbe a entrada de
refugiados e cidadãos de seis países de maioria muçulmana. Estão na lista
Síria, Iraque, Irã, Líbia, Sudão e Iêmen.
A decisão da justiça também
pertmite que a ordem, emitida em março, seja colocada em vigor imediatamente,
com alguma restrições.
A regra, porém, não afeta aqueles
que já tem ligação comprovada com pessoas ou empresas nos Estados Unidos.
Ramadã
Neste final de semana, o
mandatário pôs fim a uma tradição de quase 20 anos e não realizou na Casa
Branca o jantar de iftar, que marca o fim do ramadã, com representantes da
comunidade muçulmana.
A tradição vinha sendo mantida
anualmente pelos presidentes americanos desde 1999, com Bill Clinton.
O ramadã, que cai no nono mês do
calendário islâmico, começou em 27 de maio e terminou ao pôr do sol no último
sábado, que é quando os muçulmanos de todo o mundo realizam o Eid al-Fitr, a
"festa da ruptura do jejum".
Ao invés da comemoração na Casa
Branca, este ano o governo dos EUA se limitou a emitir um comunicado no qual
Trump expressou sua "calorosa felicitação" pela celebração.
"Os muçulmanos nos Estados
Unidos se uniram aos de todo o mundo durante o mês sagrado do ramadã para se
concentrar em atos de fé e caridade. Agora, quando festejam a Eid com seus
familiares e amigos, continuam a tradição de ajudar os vizinhos e compartilhar
o pão com pessoas de todas as classes sociais", acrescentou.
O antecessor de Trump na Casa
Branca, Barack Obama, costumava convidar líderes muçulmanos dos EUA, inclusive
os congressistas, ao jantar do fim do jejum do ramadã .
Antes dele, foram Bill Clinton e
George W. Bush os que mantiveram esta tradição, ainda que o primeiro presidente
a organizar um jantar deste tipo na Casa Branca foi Thomas Jefferson, em 1805.
Por G1
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