Rodrigo Maia
(DEM-RJ), presidente da Câmara
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Presidente da Câmara, Rodrigo
Maia, durante sessão que aprovou regime de urgência para PL 5850/16, que
acelera procedimentos de adoção de crianças e adolescentes© Rodrigues Pozzebom
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, durante sessão que aprovou regime de
urgência para PL 5850/16, que acelera procedimentos de adoção de crianças e
adolescentes
O presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), indicou nesta segunda-feira que não vai dar andamento a nenhum
dos pedidos de impeachment do presidenteMichel Temer (PMDB) que chegaram ou ainda
serão apresentados à Casa.
Há nove pedidos protocolados na
Câmara, todos por políticos ou partidos da oposição ao governo, do qual Maia é
aliado. Mais um deve ser apresentado esta semana pela Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), cujo conselho pleno aprovou, na madrugada de sábado, a
propositura de impeachment contra Temer em razão das acusações levantadas no
bojo da delação feita pelo empresário Joesley Batista e outros executivos do
grupo JBS.
Após fazer uma longa defesa da
necessidade de o Legislativo continuar focado na aprovação das reformas
propostas por Temer, Maia disse que a “Câmara não será instrumento para
desestabilização do governo”.
“Não é minha agenda neste momento
gerar nenhuma desestabilização ao governo brasileiro, às instituições públicas
neste momento de crise profunda. Trabalho mais com a harmonia e menos com a
independência [do Legislativo], que pode gerar essa desestabilização”, disse.
De acordo com ele, a Câmara deve
ter “todas as energias focadas na agenda econômica, que garante emprego e
desenvolvimento econômico para os brasileiros”.
“É um momento delicado, sem dúvida, mas cabe a cada um dos presidentes
de Poder cumprir o seu papel constitucional (…). O que cabe à Câmara é
reafirmar um compromisso com uma agenda que não é do governo, não é do
Congresso, não é do Poder Judiciário, é do Brasil, que é a agenda da superação
econômica”, afirmou.
“Não é minha agenda neste momento
gerar nenhuma desestabilização ao governo brasileiro, às instituições públicas
neste momento de crise profunda. Trabalho mais com a harmonia e menos com a
independência [do Legislativo], que pode gerar essa desestabilização”
Ele citou outros temas econômicos
aprovados pela Câmara, como a PEC do Teto, a regulamentação do pré-sal e a
ampliação da terceirização. De acordo com ele, entre os dias 5 e 12 de junho,
os deputados devem começar a debater e a votar a reforma da Previdência. Antes,
pode haver a aprovação em segundo turno da reforma trabalhista, que já foi
aprovada em primeira votação.
“Que o presidente da República faça a sua
defesa, como vem fazendo todos os dias. E que o Supremo Tribunal Federal e o
Ministério Público façam o seu papel nas investigações e depois nas suas
decisões. À Camara cabe legislar, e nós vamos legislar na linha de garantir a
estabilidade do país, as condições para os brasileiros superarem a crise, que
foi herdada”, disse.
Caso Temer seja afastado ou
renuncie, Maia é quem assume o cargo para, em trinta dias, convocar eleições
indiretas, com o novo presidente da República sendo escolhido pelos deputados e
senadores.
VEJA.com
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