'Achava até que ele deveria ser presidente', diz réu da Calicute sobre Cabral | Rio das Ostras Jornal

'Achava até que ele deveria ser presidente', diz réu da Calicute sobre Cabral

Paulo Fernando Magalhães Pinto, ex-assessor de Cabral, depõe
 nesta terça-feira (2) (Foto: Reprodução / TV Globo)
Paulo Fernando Magalhães Pinto e Hudson Braga prestam depoimento a Marcelo Brêtas nesta terça-feira. 'Achava estranho, mas era um pedido (...) Ele pedia e eu ajudava', conta ex-assessor.
O juiz Marcelo Brêtas, da 7ª Vara Federal Criminal, ouviu nesta terça-feira (2) dois réus da Operação Calicute: o ex- secretário de Obras, Hudson Braga, e o ex- assessor de Sérgio Cabral, Paulo Fernando Magalhães Pinto.
O primeiro a ser ouvido foi Pinto, que é acusado de ser laranja do ex-governador do Rio no aluguel de um escritório e na compra de uma lancha. Ele confirmou que era locatário do imóvel e que ainda contratou três funcionários a pedido do ex-governador, que o ressarcia em seguida.
"Achava estranho, mas era um pedido [dele]. Quando renunciou como governador, perguntou se eu poderia alugar a sala para ele e se poderia estar lá com ele. Talvez ele não tivesse recursos para isso e eu o fiz. Depois era ressarcido por Cabral", disse o réu sobre o custeio do escritório, calculado em R$ 1 milhão.
Venda de lancha
Pinto contou ainda que vendeu metade da lancha para Cabral e recebeu parte do valor em espécie. O veículo é avalado em mais de R$ 5 milhões.
Os dois se conheceram na campanha de 1996. Quando Cabral era deputado, Pinto trabalhou com ele e depois foi seu assessor no governo do Estado. O ex-assessor disse que gostava de política e que gostava de fazer "parte de um projeto político".
"Acreditava no governo Cabral, que fez um bom governo. Achava até que ele deveria ser presidente da República. Ele pedia e eu ajudava. Acreditava em política como forma de transformação. Era um sonho meu trabalhar com política".
Pinto admitiu que achava meio contrastante o fato de operar como "laranja", que era desprendido de valores materiais, mas que achava que em política era assim. "Hoje com tudo o que está acontecendo está mudando o paradigma. Mas está melhorando muito", disse.

Por Alba Valéria Mendonça, G1 Rio
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