Papa diz
estar 'horrorizado' com suposto ataque de armas
químicas na
Síria (Foto: Alessandra Tarantino/AP)
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Por motivos de segurança, no
programa do papa no Egito não está especificado o local das reuniões. Estado
Islâmico reivindicou a ação.
O Vaticano confirmou oficialmente
nesta segunda-feira (10) que o Papa Francisco manterá sua viagem ao Egito,
prevista para o fim de abril, apesar dos atentados de domingo (9) contra duas
igrejas coptas, que deixaram pelo
menos 44 mortos e 100 feridos. O governo egípcio decretou em estado de emergência por três meses após
os ataques.
"Não há dúvidas de que o
Santo Padre manterá seu programa de visita ao Egito" nos dias 28 e 29 de
abril, afirmou o monsenhor Angelo Becciu, número três do Vaticano, em
entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, segundo a France Presse.
"O que acaba de acontecer
causou muita desordem e sofrimento, mas isso não pode impedir a missão de paz
do Papa", acrescentou.
Sob o lema "O Papa da paz no
Egito da paz", o pontífice argentino programou uma delicada viagem de dois
dias para defender o diálogo entre as religiões e, ao mesmo tempo, prestar
homenagem aos cristãos coptas vítimas de inúmeros atentados no país.
"Os atentados são um ataque
ao diálogo e à paz", declarou Becciu, uma espécie de ministro do Interior
do Vaticano, eque acompanhará o Papa ao Egito.
O religioso considera também que
os atentados "são uma mensagem indireta ao governo egípcio e contra a
minoria cristã, que obteve nos últimos tempos mais liberdades". "O
Egito nos garantiu que tudo sairá bem, viajamos tranquilo", acrescentou.
Por motivos de segurança, no
programa do Papa no Egito durante os dois dias não está especificado o local
das reuniões, apesar de estar certo de que se reunirá com o presidente Abdel
Fattah al Sisi, com o grande imã da mesquita de Al Azhar, Ahmed el Tayeb, e com
o 'Papa' dos cristãos coptas, Teodoro II.
Francisco, que sempre manifestou a
favor do diálogo com as outras religiões, se nega a associar o Islã ao
terrorismo, recordou Becciu, que por anos foi núncio na África.
Ataques sangrentos
Igreja copta
que foi alvo de ataque em Tanta, no Egito, neste
domingo (9)
(Foto: Stringer / France Presse)
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Dois atentados com bomba
reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI) deixaram pelo menos 44 mortos e
dezenas de feridos em duas igrejas coptas no Egito, nos ataques mais sangrentos
dos últimos anos contra a minoria cristã desse país.
O papa copta Teodoro II, que havia
acompanhado as celebrações de Domingo de Ramos na manhã de domingo, esteve em
um dos templos atingidos, mas já havia deixado o local antes da explosão.
"Ao meu querido irmão, sua
santidade o papa Teodoro II, à igreja copta e a toda a querida nação egípcia
expresso meu profundo pesar", declarou o papa Francisco durante a oração
do Ângelus após saber do ocorrido.
Cerca de 10% dos 92 milhões de
egípcios pertencem à comunidade copta, em um país onde os muçulmanos sunitas
representam a imensa maioria.
Os coptas ortodoxos do Egito
representam a comunidade cristã mais numerosa do Oriente Médio e uma das mais
antigas. Seus membros dizem ser vítimas de discriminações em todo o país por
parte das autoridades e da maioria muçulmana.
Por France Presse
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