Ruas de
Caracas são tomadas de manifestantes contrários
ao governo de Nicolás Maduro (Foto:
Reuters/Christian Veron)
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Ministra das Relações
Exteriores critica Brasil, Argentina, México e Colômbia. País vive
instabilidade com suspensão das funções do Parlamento.
A ministra venezuelana das
Relações Exteriores, Delcy Rodríguez, rejeitou neste domingo (9) as críticas
feitas por Brasil, Argentina, Colômbia e México ao governo Nicolás Maduro, em
meio a violentas jornadas de manifestações da oposição.
A pressão internacional sobre a
Venezuela cresceu nos últimos dias em espaços como a Organização dos Estados
Americanos (OEA), a qual se pronunciou sobre a ocorrência de uma "grave
alteração" da Constituição, depois que a mais alta instância judiciária do
país revogou, temporariamente, as funções do Parlamento.
"Não metam o nariz na
Venezuela. Rejeitamos [as críticas], porque, em concerto, promovem a
intervenção da Venezuela para simplesmente satisfazer os interesses de
Washington e os mandatos que lhes dão dos Estados Unidos", disse a
ministra à imprensa estatal.
Em entrevista transmitida pela
televisão, o presidente argentino, Mauricio Macri, declarou que a Venezuela
"não se qualifica como democracia". Além disso, em nota, pediu a
Caracas que permita a Henrique Capriles, politicamente inabilitado por 15 anos,
ficar apto para cargos de eleição popular.
A Colômbia também considerou que a
sanção a este líder opositor "aumenta a polarização" no país.
"Rejeitamos e protestamos
energicamente contra a posição transmitida pela Chancelaria da Colômbia e lhe
dizemos: vejam sua própria realidade, onde há violação em massa dos direitos
humanos, onde matam líderes camponeses", apontou a ministra Delcy, após se
reunir com lideranças sindicais uruguaias.
A chanceler venezuelana também
criticou os governos de Brasil e México, considerados os principais promotores
do debate sobre a Venezuela em fóruns internacionais como a OEA e o Mercosul.
"Ao México, nós lhe dizemos:
vejam sua própria realidade, no lugar de estar, de forma imoral, metendo-se nos
assuntos internos da Venezuela", afirmou.
"Como o Brasil, um governo de
fato que deu um golpe de Estado contra uma presidenta eleita por mais de 54
milhões de brasileiros pretende dar lições de democracia?", ironizou,
referindo-se ao governo Michel Temer.
Por France Presse
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