Ao menos 58
pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas
em um suposto ataque químico, na cidade de
Khan Sheikhoun,
na Síria - 04/04/2017 (Social Media
Website via Reuters TV/Reuters)
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Presidente americano afirmou que
bombardeio que matou 58 'não pode ser ignorado pelo mundo civilizado' – e
responsabilizou Obama pela situação na Síria
O presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, condenou nesta terça-feira o ataque
químico que deixou 58 mortos na cidade de Khan Sheikhoun, em Idlib, na Síria,
e atribuiu sua autoria ao regime do ditador Bashar Assad.
Segundo o Observatório Sírio de
Direitos Humanos (OSDH), ONG que monitora o conflito sírio, o ataque foi
conduzido por aviões não identificados e as vítimas apresentaram sintomas de
asfixia e vômito. O Centro de Informação de Idlib, que faz oposição ao regime
de Assad, afirmou que o bombardeio foi feito com com projéteis que continham
gás sarin. “Pouco depois do ataque, começou a se espalhar um cheiro de gás pela
cidade.”
Trump disse que os “atrozes atos
do regime de Bashar Assad são uma consequência da fraqueza e indecisão” demonstradas
pelo governo de seu antecessor, Barack Obama, que “em 2012
disse que estabeleceria uma ‘linha vermelha'” para intervir na Síria, no caso,
que fossem usadas armas químicas, “e depois não fez nada”. “O ataque químico de
hoje na Síria contra gente inocente, inclusive mulheres e crianças, é
reprovável e não pode ser ignorado pelo mundo civilizado”,
ressaltou Trump.
Rússia e Irã
Um funcionário do Departamento de
Estado, que pediu anonimato, disse a jornalistas que tudo indica que o ataque
químico “foi claramente um crime de guerra”, e que os países que “respaldam
Assad”, Rússia e Irã, “têm muito pelo que responder”.
O secretário de Estado dos EUA,
Rex Tillerson, também reservou duras palavras para Rússia e Irã em seu
comunicado de condenação do ataque. “Como fiadores autoproclamados do
cessar-fogo negociado em Astana, Rússia e Irã têm uma grande responsabilidade
moral por estas mortes”, destacou Tillerson.
Tillerson lembrou que o ataque
representa “a terceira denúncia do uso de armas químicas no último mês”, e
disse que está claro que “assim é como opera Assad: com uma barbárie brutal e
flagrante”. “Aqueles que o defendem ou apoiam, incluindo Rússia e Irã, não
deveriam enganar-se sobre Assad ou suas intenções. Qualquer um que use armas
químicas para atacar seu próprio povo demonstra um desprezo fundamental pela
decência humana e deve prestar contas”, comentou o titular das Relações Exteriores
americano.
As acusações dos Estados Unidos
são divulgadas depois que a Síria negou que suas forças ou as russas estejam
por trás do ataque químico.
O funcionário do Departamento de
Estado que falou hoje com a imprensa sob condição de anonimato tentou diminuir
o tom dos recentes rumores de uma mudança de postura na exigência americana
para que Assad abandone o poder para conseguir uma saída à guerra. Na semana
passada, Tillerson disse que o futuro de Assad deve ser decidido pelos sírios.
(Com EFE)
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