Polícia atua
durante protesto de opositores nesta
segunda-feira
(10) em Caracas
(Foto: FEDERICO PARRA / AFP)
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Manifestações contra duas
sentenças do Tribunal Supremo de Justiça começaram no dia 1º de abril .
As forças de segurança da
Venezuela dissolveram nesta segunda-feira, pela quinta vez nos últimos 10 dias,
uma passeata de opositores do governo de Nicolás Maduro que tinha centenas de
participantes e pretendia seguir rumo ao centro da cidade para protestar contra
o Tribunal Supremo de Justiça do país (TSJ).
Dezenas de membros da Polícia
Nacional Bolivariana (PNB) e da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) fecharam
novamente os acessos ao município de Libertador - um dos cinco que formam
Caracas e que é sede dos poderes públicos na Venezuela - governado pelo chavista
Jorge Rodríguez, que afirmou que as mobilizações visam gerar violência nesta
parte da capital.
"Manifestantes são reprimidos
com bombas de gás lacrimogêneo pelas forças de segurança", afirmou no
Twitter a aliança partidária opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD).
1 morto e dezenas de feridos
As manifestações começaram no dia
1º de abril em protesto contra duas sentenças do Tribunal Supremo de Justiça
(TSJ), que assumiu temporariamente os poderes do Legislativo e retirou a
imunidade dos deputados, com a alegação de que a Câmara atuava em desacato a
suas decisões.
As decisões foram anuladas
parcialmente, em meio a uma forte pressão internacional, com denúncias de
ruptura democrática no país, situação que estimulou os protestos.
Até o momento as manifestações
deixaram um morto e dezenas de feridos e detidos, assim como danos em uma sede
do TSJ - atacado no sábado - e em partes da zona leste da capital.
O governo afirma que a vítima
fatal - um jovem de 19 anos - foi atingido por um tiro disparado por um guarda
de trânsito nas proximidades de Caracas, em meio a um protesto no qual
supostamente não participava.
Polícia atua
durante protesto de opositores nesta segunda-feira
(10) em Caracas (Foto: FEDERICO PARRA / AFP)
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Maduro, que conta com o apoio dos
militares e do núcleo radical do chavismo, denuncia a nova onda de protestos
como uma tentativa de derrubá-lo, acusando os Estados Unidos e a Organização de
Estados Americanos (OEA) de estar por trás do "golpe".
Governos aliados
No sábado, o ex-candidato de
oposição à presidência Henrique Capriles, que acaba de ser inabilitado para
exercer cargos públicos durante 15 anos, também denunciou um incêndio provocado
na sede de seu partido, em meio aos distúrbios.
Maduro, por sua vez, viajou para
buscar o apoio de governos aliados durante um encontro de chanceleres da Alba
que acontece nesta segunda, em Havana.
O presidente venezuelano, que
chegou à ilha comunista no domingo, participará da cúpula de chanceleres da
Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América convocada em função da crise
de seu país.
Na reunião dos chanceleres ou
representantes da Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela, além de outros
pequenos países do Caribe, será emitida uma declaração de apoio a Maduro.
Por G1
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